O número de crimes de incêndio florestal aumentou nos primeiros seis meses do ano 253% em comparação com igual período do ano passado. Os dados são do Ministério da Administração Interna (MAI), tutelado por Eduardo Cabrita, que vai esta terça-feira levar o tema ao Parlamento, avança o ‘Jornal de Notícias’.
A nota explicativa do MAI, a que o ‘Jornal de Notícias’ teve acesso, mostra que no primeiro semestre do ano registaram-se mais 2.843 casos de fogo posto em áreas florestais em comparação com o período homólogo. A tendência vem contrariar o ciclo de diminuição na ordem dos 12% verificado o ano passado.
Também o número de detenções nos seis primeiros meses deste ano aumentar. Até meados de outubro tinham sido detidos pela Polícia Judiciária (PJ) e pela Guarda Nacional Republicana (GNR) cerca de 170 indivíduos, mais 50 do que em 2016. Dos quase 7 mil incêndios investigados pela GNR, 2.554 tiveram origem intencional (20%) e 4.372 resultaram de ações negligentes, como queimadas (34%).
O Ministério da Administração Interna dá ainda conta de que o fogo posto terá sido um dos crimes que mais contribuiu para o aumento da criminalidade geral durante o primeiro semestre do ano. O número de participações aumentou 2,9% para os 163.110, mais 4.547 do que no ano anterior.
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