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Da Europa aos EUA, bolsas caem. Lisboa não escapa e perde 1%

A Bolsa de Lisboa acabou por ser dos índices europeus que menos caiu, num dia de tombos acima dos 2%. O euro segue inalterado face ao dólar, mas esteve a corrigir ao longo do dia.
Reuters
6 Fevereiro 2018, 16h40

A tendência global de queda nas bolsas continuou esta terça-feira a estender-se de um lado ao outro do Atlântico. O mini-crash de segunda-feira em Wall Street continua a penalizar os índices europeus, enquanto o índice de volatilidade disparou. Lisboa não foi exceção e o PSI 20 fechou, pela sétima sessão consecutiva, com uma perda de 1,28% para 5.336,17 pontos.

“A Bolsa de Lisboa acabou por aliviar dos mínimos desta manhã”, explicou o trader do Banco Carregosa, Paulo Rosa, apontando para alguns sinais de recuperação do PSI 20, que acabou por fechar com seis cotadas no verde.

Do lado das perdas destaca-se o retalho, com a Sonae a cair 2,94% para 1,188 euros e a Jerónimo Martins a recuar 1,79% para 16,460 euros. O BCP perdeu 2,08% para 0,292 euros. Na energia, EDP (2,08%), EDPR (1,58%), REN (1,47%) e Galp (2,11%) fecharam todas no vermelho.

Em contraciclo, Sonae Capital (3,36%), CTT (1,35%), Corticeira Amorim (0,79%), Altri (0,77%) e Navigator (0,05%) fecharam no verde. As ações da Pharol dispararam 14,75% para 0,210 euros, sendo que Paulo Rosa lembra que a empresa tem notícias próprias que a levam a divergir do mercado.

“O comportamento da Bolsa de Lisboa foi mais positivo porque as bolsas europeias caíram todas cerca de 2,5%, porque títulos com muito peso –  com o BCP à cabeça – tiveram um desempenho que suportou a bolsa”, continuou o trader, justificando que “os títulos portugueses não tiveram quedas tão expressivas como lá fora devido a um certo sentimento positivo em relação a Lisboa”.

Europa tomba, EUA seguem sem tendência

A Bolsa de Lisboa acabou por ser dos índices europeus que menos caiu, num dia de tombos acima dos 2%. O Euro Stoxx 50 perdeu 2,41%, o alemão DAX caiu 2,36%, o francês CAC recuou 2,37%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 2,47% e o britânico FTSE 100 2,75%.

Nos Estados Unidos, a sessão está a ser confusa, já que Wall Street já trocou o vermelho pelo verde (e vice-versa) várias vezes. Na altura do fecho das bolsas europeias, o índice industrial Dow Jones ganha 0,20% para 24.394,04 pontos, o financeiro S&P 500 perde 0,27% para 2.641,66 pontos e o tecnológico Nasdaq sobe 0,09% para 6.973,91 pontos.

Paulo Rosa considera que o movimento dos últimos dias “não passa de um ajustamento e de uma correção técnica depois das fortes subidas do ano passado e do início deste ano”. Por isso, diz que “o pânico deve passar nos próximos dias”.

No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,11% para 1,238 dólares, enquanto as yields das Obrigações sobem nos EUA e descem nos países core da zona euro. Os juros das Treasuries a 10 anos negoceiam nos 2,75%, das Bunds nos 0,69% e das Obrigações francesas nos 0,95%. Portugal está a ser penalizado e os juros da dívida benchmark negoceiam nos 2,06%.

[Notícia atualizada às 17h10 com comentário]

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