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Espanha declara guerra às cápsulas de café

O Governo autónomo das Baleares prepara-se para aprovar uma lei que prevê a aplicação de diversas medidas de caráter ecológico. Palhinhas de plástico, toalhitas e cotonetes também fazem parte da lista negra.
16 Janeiro 2018, 13h36

As cápsulas de café não recicláveis vão passar à história dentro de dois anos nas ilhas Baleares, em Espanha. O Governo autónomo quer proibir, a partir de 2020, a comercialização destas cápsulas e só permitirá a venda deste produto por empresas que implementem um processo de recolha e reciclagem das mesmas.

O anteprojecto de lei dos resíduos e solos contaminados, que está a ser preparado pelo Executivo das ilhas, também quer proibir a utilização de palhinhas de plástico, isqueiros, máquinas de barbear descartáveis e discos desmaquilhantes.

As toalhitas húmidas também fazem parte do lote de produtos cuja venda não será permitida, devido aos problemas de saturação e contaminação que têm causado no sistema público de esgotos. Em Novembro, a quantidade de toalhitas deitadas no esgoto na zona de Ibiza “Cala de Bou” foi de tal forma exagerada que gerou uma rolha que terminou com as toalhitas espalhadas por toda a costa e pelo mar.

Em declarações ao jornal “Última Hora”, o diretor geral de Educação Ambiental, Qualidade Ambiental e Resíduos, Sebastià Sansó, assegurou que esta medida, que tem como objectivo principal “fazer cumprir a pirâmide da boa gestão de resíduos”, se centra em primeiro lugar na prevenção de resíduos e na sua reutilização.

É que, apesar de já existirem alternativas com materiais compósitos, o certo é que a maioria das empresas utilizam materiais não recicláveis como o plástico ou o alumínio para as ditas cápsulas. “É uma emergência ambiental e nós devemos avançar com a normativa europeia, porque mais cedo ou mais tarde haverá que actuar neste sentido”, afirmou Sansó.

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