O Estado português decidiu aumentar o capital da CP em mais 11 milhões de euros, segundo um comunicado enviado ontem à CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Este é já o terceiro aumento de capital que o Estado português, único acionista da transportadora ferroviária nacional, aplicou este ano na empresa, uma solução para continuar a resolver o crónico défice financeiro da transportadora ferroviária nacional.
No total, o Estado português já injetou este ano, no conjunto destas três operações, cerca de 446 milhões de euros na CP.
Em 11 de dezembro, num outro comunicado enviado à CMVM, a CP informou que o Estado português tinha procedido a um aumento do capital da empresa em cerca de 418 milhões de euros, o maior dos três já efetuados em 2017.
Dessa vez, o o capital estatutário da empresa passou a ser de 3.839.091.940,00 euros.
A 23 de outubro, a CP anunciou ao mercado que o Estado havia procedido a um aumento de capital de 16,8 milhões de euros.
Recorde-se que a CP encerrou o ano passado com um passivo financeiro de 3.319 milhões de euros, uma redução de 14,5% face ao período homólogo de 2015.
Esta quebra de 568,673 milhões de euros (de 3.887,75 para 3.319,077 euros) foi essencialmente conseguida por via de aumentos de capital assumidos pelo Estado na CP ao longo do ano passado.
Esta é, aliás, uma prática que já era aplicada pelo anterior Executivo de Pedro Passos Coelho, não só na CP, como em outras empresas de transportes e de infraestruturas, prática que tem sido seguida pelo atual Executivo de António Costa.
No final do ano passado, os resultados líquidos da CP foram negativos em 144 milhões de euros, uma melhoria significativa face aos prejuízos acumulados de 278,65 milhões de euros averbados no exercício de 2015.
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