O funcionário do Arquivo Geral e Fotográfico de Valência que esteve 10 anos sem ir trabalhar, apesar de continuar a receber salário – cerca de 50 mil euros por ano – não cometeu qualquer crime, concluiu o Ministério Público (MP) espanhol, que decidiu arquivar a queixa com o argumento de que Carles Recio alertou os seus superiores para a sua situação e que estes o ignoraram.
O funcionário da assembleia da província de Valência, em Espanha, que foi despedido no Verão de 2017 por não se ter apresentado ao serviço durante dez anos, não irá a julgamento. O Ministério Público concluiu que não está em causa nenhum crime e arquivou o caso, que tinha sido amplamente noticiado em Espanha no ano passado. Carlos Récio, o funcionário de 53 anos, argumentou que faltou por não ter secretária nem computador próprio, e o Ministério Público acabou por lhe dar razão.
Um porta-voz do Ministério Público explicou ao El País que, se Récio não tivesse informado os seus superiores de que não tinha um espaço de trabalho, a decisão teria sido diferente. Mas neste caso, o funcionário tinha apresentado pedidos para que lhe fosse atribuído um computador e um local para trabalhar — só que as chefias nunca responderam.
Segundo os colegas, a sua rotina consistia em picar o ponto às 7h30 e às 15h30 — sem que, no entanto, se sentasse a trabalhar. Algumas testemunhas contaram ao El País que Récio chegou mesmo a aparecer de robe e chinelos.
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