O presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, deverá estar prestes a apresentar no Parlamento catalão os resultados do referendo independentista do passado dia 1 de outubro. No entanto, a França não vai reconhecer a (ainda hipotética) independência da Catalunha.
A posição foi transmitida esta segunda-feira pela ministra dos Assuntos Europeus francesa, Nathalie Loiseau, numa entrevista ao canal de televisão CNews. “Se houver uma declaração de independência, não será reconhecida”, enfatizou a governante francesa à estação local. “A primeira consequência será a sua saída da União Europeia”, justificou Nathalie Loiseau, acrescentando que, “obviamente”, “há mais para a Catalunha que o referendo organizado elo movimento independentista”.
Le gouvernement est déterminé à avancer sur un agenda de réformes très dense. Les Français ont voté pour cela @Cnews
— Nathalie Loiseau (@NathalieLoiseau) October 9, 2017
Nathalie Loiseau descreve Espanha como uma “democracia excelente” e louva o alto nível de delegação de poderes do governo central de que a comunidade autónoma já usufrui. Para a ministra dos Assuntos Europeus, a crise precisa de ser resolvida através de um diálogo a todos os níveis na política espanhola. Assim, a declaração unilateral da independência da região não é válida para o governo francês, que põe em causa a validade da votação de Barcelona.
Trata-se de uma das primeiras opiniões do executivo francês sobre este tema. Na semana passada, o antigo primeiro-ministro francês Manuel Valls defendeu esta a criação de um Estado independente na Catalunha seria o fim para o projeto europeu e daria azo a novas tentativas de autodeterminação de outras regiões europeias. Manuel Valls, que nasceu em Barcelona, diz estar a acompanhar atentamente a crise política na Catalunha e assegura que “o que ocorrer na Catalunha e na Espanha vai ser de extrema importância para toda a Europa”.
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