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Gestão da Carris passa hoje para a Câmara de Lisboa

Investimento em 250 novos autocarros, a contratação de 220 motoristas, passes gratuitos para crianças até aos 12 anos e descontos para os idosos, e ainda 21 novas linhas estão entre as novidades.
1 Fevereiro 2017, 09h39

A gestão da empresa de transporte Carris passa esta quarta-feira oficialmente para as mãos da Câmara de Lisboa. Há 41 anos que a gestão tinha passado para o Estado. “A Carris regressa a casa”, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, na cerimónia de assinatura do memorando da passagem de gestão da rodoviária para o município, em novembro do ano passado.

O executivo de António Costa vai estar hoje presente numa cerimónia que marca a passagem da gestão da Carris para a Câmara. A decisão foi tomada pelo Governo depois da suspensão dos processos de concessão das empresas públicas de transporte, lançados em 2011 pelo Governo PSD/CDS-PP, liderado por Pedro Passos Coelho.

O PCP discorda da decisão e entregou na sexta-feira na Assembleia da República um pedido de apreciação parlamentar do diploma que transfere a Carris para o município, acompanhado de propostas de alteração ao decreto do Governo. Em setembro, o presidente da Câmara de Loures, o comunista Bernardino Soares, tinha defendido que a rodoviária e o Metro de Lisboa deveriam ficar sob alçada de uma entidade supramunicipal pública.

Por outro lado, a Comissão de Trabalhadores da Carris e três estruturas sindicais – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), Sindicato Nacional dos Motoristas (SNM) e Associação Sindical do Pessoal de Tráfego da Carris (ASPTC), defendem que a municipalização da gestão “é a solução que melhor serve os trabalhadores, a empresa e o serviço que esta presta”, de acordo coma  agência Lusa.

A dívida histórica da Carris irá manter-se no Estado. “O Estado não faz nenhum favor, porque se mantém responsável pelo que já é responsável, que é a dívida que criou”, explicou o primeiro-ministro, acrescentando que, em 2015, o valor ascendia a cerca de 700 milhões de euros.

O presidente da Câmara de Lisboa também anunciou investimentos na empresa, incluindo 250 novos autocarros, fazer um investimento de 60 milhões de euros, contratar 220 motoristas, atribuir passes gratuitos a todas as crianças até aos 12 anos e descontos para os idosos e criar 21 novas linhas.

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