O Fundo Monetário Internacional elogiou o desempenho da economia portuguesa, e segundo o ministério das Finanças, uma das mensagens mais importantes da instituição liderada por Christine Lagarde é que as condições favoráveis irão permitir que o país prolongue a consolidação das contas públicas.
“A missão do FMI sublinha o forte desempenho da economia portuguesa em 2017, apresentando uma perspetiva de curto-prazo favorável, projetando o cumprimento das metas orçamentais e um crescimento económico de 2,3% em 2018, em linha com a previsão do Programa de Estabilidade. O crescimento no médio-prazo deverá assentar no investimento e nas exportações, impulsionados por uma melhoria das condições de crédito e pelo aumento da competitividade dos bens e serviços portugueses”, referiu o ministério, em comunicado.
No comunicado divulgado esta terça-feira, no final da missão ao abrigo do Artigo IV, o FMI realçou que Portugal fez um “progresso significativo” na consolidação orçamental em 2017, apoiado numa execução orçamental disciplinada e acrescentou que a meta do défice parece ser alcançável”. O Fundo alinha a sua estimativa com a do Governo, esperando um défice orçamental de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, melhorando em 0,3 pontos percentuais a estimativa que tinha apresentado em abril (que era de 1% do PIB).
O ministério liderado por Mário Centeno frisou que “de acordo com o FMI, as condições favoráveis da economia constituem uma oportunidade importante para a contínua consolidação das contas públicas, a nível estrutural, e para melhorar o lado da oferta da economia”.
Apesar do otimismo sobre o curto prazo, o FMI admitiu que os objetivos de consolidação orçamental para os próximos anos “são ambiciosos” e lamentou que “a maior parte do ajustamento considerado no Programa de Estabilidade esteja previsto para 2020 e 2021” – já numa nova legislatura.
O ministério das Finanças realçou, contudo, que o Fundo “reconhece progressos na estabilidade e confiança no sistema bancário, nomeadamente com a redução do stock de crédito malparado (NPL) para 13,3% no final de 2017, bem como na atual trajetória de consolidação da dívida pública e privada”.
“Estes resultados encorajadores assentam numa mudança estrutural em curso, na qual assenta uma dinâmica positiva de crescimento económico inclusivo, permitindo a Portugal continuar o caminho de convergência com os padrões de vida da União Europeia”, concluiu.
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