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Guiné-Bissau quer colocar o país na rota do turismo internacional

Com a abertura de um voo da TAP para a Guiné-Bissau, o país pretende aumentar o número de turistas para o território. O investimento está já a ser realizado com a oferta de cerca de mil camas até 2017.
10 Dezembro 2016, 14h45

Juliano Nunes, diretor geral do Turismo da Guiné- Bissau, revela que a Guiné- Bissau é um território ainda virgem e por descobrir em matéria de turismo.

Presente no 42.º Congresso Nacional da APAVT (Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo) que está a decorrer em Aveiro, o responsável está confiante num aumento de turistas com a abertura de um voo da companhia aérea portuguesa TAP.

“A oferta está a crescer não só pelo número de turistas, num destino liderado pelos franceses e com um aumento de espanhóis, como também nos investimentos em termos de equipamentos turísticos”, salienta. Adianta ainda que é necessário alterar a imagem do país, visto que é sempre associado à insegurança, sobretudo política, mas “ apesar dessa imagem, é um país com criminalidade quase zero”.

Das 88 ilhas do arquipélago dos Bijagós, só 12 é que são habitadas mas as belezas naturais e paisagísticas são muitas. Juliano Nunes, explica que o país tem 15% de reserva natural, tem o maior ponto de observação de aves migratórias do mundo, o segundo ponto mundial de tartarugas , um dos maiores mangues da região e muitas outras atrações naturais.

Rubane e Bubaque nos Bijagós são as ilhas mais visitadas mas o responsável pretende que muitas outras sejam descobertas.

Em 2015 chegarem cerca de 30 mil turistas de avião a Guiné-Bissau e cerca de 10 mil foram portugueses que viajaram pela euroAtlantic para aquele país.

O aumento da oferta hoteleira também é uma aposta nesta estratégia. Juliano Nunes avança que em 2017 serão cerca de mil as camas disponíveis no país, contra as 200 que existiam. Uma oferta de gama média/alta e onde a próxima unidade a abrir será de uma cadeia espanhola.

O diretor geral do Turismo da Guiné- Bissau adiantou também que já tinham sido realizadas conversações com os grupos portugueses, Oásis e Pestana mas as negociações acabaram por não avançar.

Para incentivar o investimento estrangeiro Guiné-Bissau apresenta ainda estímulos e incentivos, sendo um deles a isenção de impostos durante 10 anos às empresas que queiram investir no país.

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