[weglot_switcher]

Insolvências encerraram 612 empresas por mês até novembro

Insolvências abrandam mas as constituições de novas empresas também desaceleram. Estas são as principais conclusões de um estudo da Ignios sobre a conjuntura empresarial em Portugal.
13 Dezembro 2016, 06h03

De acordo com os dados analisados pela Ignios, até ao final do mês de novembro, 6.727 empresas entraram em insolvência, o que pressupõe uma média de 612 empresas por mês. O número de casos insolventes diminuiu comparativamente com o ano de 2015 (-0,9%), ainda que de janeiro a novembro se tenha verificado um aumento do número absoluto de insolvências.

Até ao final de novembro, registaram-se 3.243 declarações de insolvência, 103 planos de insolvência foram aprovados pelos tribunais, 1.665 empresas apresentaram insolvência por si mesmas e 1.716 empresas foram solicitadas como insolventes pelos seus credores.

O Porto foi o distrito que registou o aumento mais significativo de empresas insolventes de 2015 para 2016, com um aumento de 7,5%. No caso de Lisboa, o aumento foi de 5,2% e é o distrito com maior número de insolvências (24,8% do total).

Os distritos que se dedicam à exportação são aqueles que tendem a diminuir os casos de insolvência, tendo-se destacado o distrito de Braga com -16,9%.

Empresas que atuam em setores como comércio a retalho e por grosso, indústria alimentar, agricultura, silvicultura e pesca apresentam maiores casos de insolvência, dada a sua dependência face à procura interna e consequentes importações.

O mesmo movimento de abrandamento tem vindo a verificar-se nas novas constituições, que em 2016 registaram uma quebra de 1,3% face ao período homólogo de 2015 – o que perfaz uma média de 3.106 empresas a surgir por mês.

Os únicos distritos que apresentaram aumento de novas empresas foram Faro, Lisboa e Setúbal. Lisboa é o distrito com maior representatividade de novas constituições (32%).

Por fim, os setores que apresentaram aumento de constituições foram o alojamento e a restauração (+4%) e a construção (+2,6%).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.