O juiz Carlos Alexandre vai continuar no Tribunal Central de Instrução Criminal, onde se encontra desde 2004, contrariando a hipótese de uma promoção a desembargador. A notícia é avançada pelo “Correio da Manhã”, na edição desta segunda-feira.
O “superjuiz” terá decidido não concorrer aos tribunais da Relação, cujo prazo limite para a apresentação de candidaturas é o próximo dia 2 de fevereiro. Caso avançasse com a entrada a concurso, Carlos Alexandre apresentar-se-ia perante um júri que integra Mário Morgado e Sousa Pinto, membros que defenderam a abertura de um processo disciplinar contra si, na sequência da entrevista que deu à SIC.
Inicialmente, Carlos Alexandre pretendia concorrer a desembargador, tendo em conta que o Conselho Superior da Magistratura o estava a impedir de trocar de turnos e de trabalhar ao fim de semana – algo que pretendia, para ganhar mais e pagar os créditos bancários, de acordo com o que chegou a explicar.
Ainda assim, o magistrado da Operação Marquês optou por permanecer no Tribunal Central de Instrução Criminal.
“Como eu não tenho amigos, amigos no sentido de pródigos, não tenho fortuna herdada de meus pais ou de meus sogros, eu preciso de dinheiro para pagar os meus encargos. E não tenho forma de o alcançar que não seja através do trabalho honrado e sério”, referiu, em setembro, na grande entrevista sobre a vida profissional e pessoa.
“Por vezes há pessoas que não conseguem estabelecer contacto comigo. O telefone vai a baixo, para voice mail quando eu estou em sítios onde há carga máxima e onde há comunicações. Não estou a dizer que há forças dessas…nomeadamente dos serviços de informações. Não estou a imputar”, acrescentou.
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