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“Macaco de saltos altos”. Insulto a Michelle Obama gera polémica

A ainda primeira-dama dos EUA foi alvo de comentários racistas da responsável de uma organização sem fins lucrativos. Tudo rebentou nas redes sociais.
REUTERS / Ricardo Arduengo
15 Novembro 2016, 11h20

A diretora da organização Clay County Development Corporation, Pamela Ramsey Taylor, está no centro da última polémica que envolve Michelle Obama. A responsável pela entidade sem fins lucrativos, sediada nos subúrbios de Charleston, escreveu no Facebook uma crítica à mulher do presidente dos EUA em funções: “Vai ser tão revigorante ter uma primeira-dama elegante, bonita, digna primeira-dama de volta à Casa Branca. Estou farta de ver um macaco de saltos altos”. O comentário depressa foi interpretado como um elogio à nova primeira-dama, Melania Trump, e uma crítica a Michelle Obama.

O episódio foi contado pelo “The Washington Post”, mas a publicação da responsável pela organização de Virgínia Ocidental foi entretanto eliminada. De acordo com o canal televisivo WSAZ, entre os comentários à publicação, estava um de Beverly Whaling, mayor da cidade de Clay: “Fizeste-me simplesmente ganhar o dia, Pam”, escreveu a responsável no post de Pamela Ramsey Taylor.

Os cibernautas não perderam tempo e reagiram, criando uma petição na Internet a pedir que as duas se afastassem das suas funções governativas e de gestão. O objetivo é atingir as 90 mil assinaturas e, apenas esta terça-feira, já conta com mais de 85 mil.

O primeiro pedido de desculpas pelas polémicas declarações foi de Beverly Whaling: “O meu comentário não era de todo para ser racista”, esclareceu, numa nota enviada ao “The Washington Post”. “Eu estava a referir-me ao me ao meu dia ser ter sido ganho pela mudança na Casa Branca! Peço imensa desculpa por qualquer incómodo que esta situação tenha causado!”.

“Quem me conhece sabe que eu não sou de maneira nenhuma racista! (…) Mais uma vez, gostava de pedir desculpa por isto ter tomado estas proporções”, acrescentou. Já Pamela Ramsey Taylor não comentou publicamente a situação.

A única declaração que fez sobre o tema foi afirmar que a dimensão pública deste acontecimento se tornou um “crime de ódio” contra ela, realçando que tanto ela como os filhos receberam ameaças de morte, motivo pelo qual planeia abrir uma ação contra as pessoas que a difamaram.

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