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MAI disfarça cortes de pessoal na GNR e PSP com alunos que nem começaram curso

Os 750 alunos matriculados em cursos de formação para polícias foram integrados como efetivos nas contas da GNR e da PSP para disfarçar a diminuição do efetivo entre 2016 e 2017.
Cristina Bernardo
8 Novembro 2017, 14h37

A GNR e da PSP registaram um aumento “artificial” no número de efetivos este ano, depois de o Ministério da Administração Interna (MAI) ter contratado alunos que ainda nem tinham começado o curso de formação para disfarçar as contas. O caso foi conhecido esta terça-feira quando o ministro que tutela a pasta, Eduardo Cabrita, apresentou a síntese do orçamento deste ministério no Parlamento.

Segundo avança o jornal ‘Diário de Notícias’, 750 alunos matriculados em cursos de formação para polícias foram integrados como efetivos nas contas da GNR e da PSP para disfarçar a diminuição do efetivo entre 2016 e 2017.

Este ano registou-se uma redução de 1.360 polícias no corpo efetivo da PSP, apesar de terem sido adicionado ao número total de polícias da PSP 400 formandos que ainda nem começaram o curso. O mesmo se verificou na GNR, onde o número de efetivos passou de 24.740 em 2016 para os 24.390, embora tenham sido incluídos a estes 350 candidatos a praças, que só devem iniciar a sua formação em dezembro.

Eduardo Cabrita anunciou que vai estudar um reforço das forças policiais no ativo e que vai começar por fazê-lo ao incorporar mais 500 militares no Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (GIPS) da GNR, passando assim a 1.100, e reforçar com mais 200 elementos o Serviço de Proteção de Natureza e Ambiente (SEPNA).

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