A Impresa anunciou hoje que Nicolau Santos, diretor-adjunto do “Expreso”, vai deixar o jornal no final do ano, mas que vai manter-se como cronista na publicação e comentador na “SIC Notícias”.
Em comunicado, o grupo adianta que “a decisão foi tomada pelo próprio e comunicada ontem [quinta-feira] à administração”.
Nicolau Santos manter-se-á como cronista do jornal, no seu espaço de opinião no caderno de Economia, no site e no “Expresso Diário”, bem como na “SIC Notícias”, como comentador e como moderador do “Expresso da Meia Noite”.
O “Expresso” e a Impresa “agradecem todo o empenho e dedicação de Nicolau Santos, que esteve quase 20 anos na redação e depois na direção do Expresso e manifestam a sua satisfação em continuar a contar com a visão e a opinião forte de Nicolau Santos nas marcas de informação do grupo”.
O Jornal Económico noticiou hoje que a Impresa Publishing, que edita o “Expresso” e a “Blitz”, quer reduzir os custos em quatro milhões de euros em 2018, já depois de concretizada a venda das revistas do grupo ao empresário Luís Delgado.
O grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão está a negociar a venda de 12 revistas, incluindo a “Visão”, a “Exame” e a “Caras”. O processo deverá estar concluído no primeiro dia útil de 2018 e deverá implicar a saída de entre 110 a 115 trabalhadores para a empresa de Luís Delgado.
A comissão de trabalhadores da Impresa critica o facto de, a 15 dias da transferência de ativos, ainda não existir informação sobre os trabalhadores que ficam no grupo e quais os que serão transferidos.
Este processo de alienação das revistas insere-se num processo mais vasto de reestruturação, que continuará em 2018. Num comunicado interno, a que o Jornal Económico teve acesso, a comissão de trabalhadores da Impresa diz que a administração do grupo definiu como “imperativo obter uma poupança de 4 milhões de euros, com vista a assegurar a rentabilidade da publicação “Expresso” e marcas adjacentes já a partir de 2018”.
Fontes do grupo de media contactadas pelo Jornal Económico apontaram a saída de 10 jornalistas do jornal “Expresso” e 30 trabalhadores de outros departamentos. Referiram que foi aberto um programa de rescisões e que os serviços da empresa contactaram directamente jornalistas para aderirem. Um comunicado da comissão de trabalhadores a que o Jornal Económico teve acesso confirma que “a administração da Impresa Publishing continua a abordar trabalhadores incitando-os a rescindir o seu contrato com a empresa e pressionando-os à tomada de uma decisão”.
As mesmas fontes referiram que os 30 trabalhadores não-jornalistas deveriam ser alvo de despedimento coletivo.
Segundo informação que a comissão de trabalhadores atribui à administração da Impresa, a reestruturação em curso não será concretizada “apenas com pessoal”, mas também “em outras áreas, tais como rendas, fornecedores, etc.”.
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