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Mercado automóvel em Portugal vai crescer em 2018, mas a um ritmo mais lento

“Ainda assim, Portugal será um dos países onde o setor mais evoluirá, assistindo-se a uma estagnação, senão mesmo regressão, na generalidade dos Estados da União Europeia”, destaca um comunicado da Cetelem.
17 Janeiro 2018, 17h03

O setor nacional de veículos automóveis particulares novos deverá crescer 2,1% durante 2018, de acordo com o Observador Cetelem.

A confirmarem-se estas previsões, o ritmo de crescimento de vendas no setor baixa, estimando-se uma quebra de quase cinco pontos percentuais face a 2017, quando o crescimento rondou os 8%.

“Ainda assim, Portugal será um dos países onde o setor mais evoluirá, assistindo-se a uma estagnação, senão mesmo regressão, na generalidade dos Estados da União Europeia”, destaca um comunicado da Cetelem.

Com efeito, as estimativas de crescimento de 3,1%, deverão situar-se bem acima da média europeia, onde o valor deverá ficar-se pelo 0,3 pontos percentuais, ou seja, estagnará.

“Portugal será mesmo um dos países onde o setor aumentará as suas vendas, apenas ultrapassado por Itália (prevê-se um crescimento de 4%) e França (3,8%), ao contrário da Holanda, que deverá mesmo assistir a uma quebra à volta dos 5,7%, ou do Reino Unido, com menos 4,9 pontos percentuais”, explica o referido comunicado.

O mesmo documento acrescenta que “é interessante verificar que em 2017 as estimativas iniciais do Observador Cetelem Automóvel apontaram para um crescimento do mercado na ordem dos 6,4 pontos percentuais, para posterior revisão em alta, de 8% indo ao encontro dos dados veiculados pela ACAP, que rondam os 7,7%. Fica a dúvida para este ano, assistiremos à mesma situação e o aumento ultrapassará os 3,1%?”

No ano transato, “a euforia espalhou-se em muitos mercados europeus, e Portugal não escapou, prossegue o comunicado da Cetelem.

“A média europeia foi de 3,7%, em larga medida suportada pela Polónia, com um aumento das vendas de veículos novos a atingir os 15,4% e da Holanda (caso paradigmático, pois se em 2017 o crescimento chegou aos 13,6%, este ano deverá assistir-se a uma regressão no setor). O Reino Unido era já há um ano o único país com valores negativos na taxa de crescimento, e as perspetivas para este ano não são melhores”, adianta o referido comunicado.

Segundo Pedro Ferreira, diretor automóvel do Cetelem, “o setor automóvel nacional parece estar em comunhão com a economia do nosso país, dado que, depois do forte e surpreendente crescimento de 2017, para este ano as estimativas apontam para sinais de um crescimento alinhado com o da economia”.

“Ainda assim, é de realçar que Portugal continua entre os Estados europeus onde o setor automóvel demonstra maior vitalidade. Verifica-se uma estagnação nas vendas um pouco por toda a Europa, e a verdade é que teremos a terceira maior taxa de crescimento. Inclusivamente, e se analisarmos à escala global as estimativas para 2018, estas apontam para um aumento na ordem dos 2%, menos 0,8 pontos percentuais que no ano transato. Ou seja, também aí Portugal estará acima da média”, destaca o responsável.

Numa análise à taxa de compra das famílias em 2017, os números do Observador Cetelem calcularam os valores em 8 países (França, Itália, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Bélgica-Luxemburgo e Portugal).

Este valor junto das famílias nacionais foi de 2,5%, menos 1,1 pontos percentuais que a média do estudo. Ainda no caso do nosso país, verifica-se que a quota de particulares no que concerne a novas matrículas foi de 46% (um 1% acima da média dos 8 países analisados).

Para o Observador Cetelem Automóvel 2018, as análises económicas e de marketing, bem como as previsões, foram realizadas em colaboração com a empresa de estudos e consultoria C-Ways.

As entrevistas no terreno foram conduzidas pela Kantar TNS, entre 28 de agosto e 21 de setembro de 2017, na África do Sul, Alemanha, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, México, Polónia, Portugal, Reino Unido e Turquia.

No total, foram inquiridos pela CAWI mais de 10.600 proprietários de uma viatura pessoal comprada nova ou usada nos últimos cinco anos. Estes indivíduos, com idades compreendidas entre 18 e 65 anos, foram retirados de uma amostra nacional representativa de cada país. A representatividade da amostra é assegurada pelo método de quotas (sexo, idade).

 

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