O CDS-PP defendeu esta quinta-feira que “o Governo falhou, não corrigiu o seu comportamento em tempo, e voltou a falhar” nos incêndios de Pedrógão Grande e do passado fim de semana, na região centro, que provocaram mais de cem mortos.
O partido liderado por Assunção Cristas entregou no Parlamento a moção de censura ao Governo “pelas falhas do Governo nos incêndios trágicos de 2017”. No documento, os centristas apontam o dedo ao primeiro-ministro, a quem acusam de não ter assumido responsabilidades: “O Primeiro-Ministro não se mostrou disponível para assumir as responsabilidades políticas pela parte do relatório que demonstra a falha do Estado, no caso em concreto, no cumprimento das suas funções mais básica: a proteção de pessoas e a proteção do seu território”.
“O relatório da Comissão Técnica Independente, que procedeu à análise e apuramento dos factos, conclui que era possível ter evitado a propagação do incêndio e assim impedido ou limitado fortemente a tragédia. Tal não aconteceu por incompetência e descoordenação dos serviços do Estado”, acusam os centristas.
“Declarações insensíveis e desajustadas”
Para os centristas, o Governo “perdeu uma nova oportunidade para revelar sentido de Estado essencial para as funções que desempenha” com a divulgação do relatório da comissão técnica independente e a ação do Governo ficou aquém do que estava ao “seu alcance para evitar o sucedido”.
“Verificada a repetição da tragédia, as declarações insensíveis e desajustadas dos membros do Governo, remetendo os portugueses à sua sorte, demonstraram o desnorte e a incapacidade deste Governo para enfrentar situações de crise”, acrescentaram.
O partido entende que “o Governo falhou, não corrigiu o seu comportamento em tempo, e voltou a falhar”.
“Verificada a repetição da tragédia, as declarações insensíveis e desajustadas dos membros do Governo, remetendo os portugueses à sua sorte, demonstraram o desnorte e a incapacidade deste Governo para enfrentar situações de crise”, acrescentaram.
“Esta censura dá voz à indignação de muitos portugueses que se sentem abandonados e perderam a confiança no Governo, o primeiro responsável pela condução do Estado”, afirmou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, em conferência de imprensa no Parlamento.
De acordo com o regimento da Assembleia da República, a moção de censura ao Governo é debatida no terceiro dia parlamentar após a entrega formal na mesa da assembleia, o que atira a discussão da iniciativa do CDS-PP para a próxima terça-feira.
*Com Lusa
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