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Moniz sondado pelo PSD para disputar Câmara de Lisboa

Social-democratas pensam no vice-presidente do Benfica como candidato independente. Coordenador autárquico rejeita “especulações”, mas garante candidatos próprios em todos os municípios.
13 Janeiro 2017, 08h11

A dança de nomes para disputar a Câmara Municipal de Lisboa nas autárquicas deste ano não pára de agitar o PSD. Ao que o Jornal Económico apurou, José Eduardo Moniz, vice-presidente do Benfica e consultor da TVI, foi sondado na semana passada para encabeçar uma candidatura independente com apoio dos social democratas.

A resposta ainda não é conhecida.
A disputa autárquica na capital gerou diferentes sensibilidades dentro do partido. Com a apresentação da candidatura de Assunção Cristas, pelo CDS, a discussão centou-se entre a apresentação de um candidato próprio e um eventual apoio à lider centrista. Entretanto – tendo em conta a  indisponibilidade evidenciada por nomes como Maria Luís Albuquerque e Luís Montenegro -, o debate evoluiu para a possibilidade de uma eventual candidatura independente.

Há algum tempo que Moniz é apontado como uma possibilidade, juntamente com Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club Português, e Rogério Alves, advogado e antigo dirigente do Sporting.
A aproximação da cúpula a José Eduardo Moniz,    por elementos do PSD próximos de Passos Coelho,  terá acontecido na semana passada.

O Jornal Económico tentou por diversas vezes confirmar esta informação junto do gestor, mas sem sucesso.
O convite a Moniz não passou pela concelhia do PSD de Lisboa – embora esta estrutura tenha vindo a defender uma candidatura própria. Em declarações ao Jornal Económico, em dezembro, o vice-presidente desta estrutura Rodrigo Gonçalves defendia que não apresentar candidato próprio a Lisboa seria um “suicídio”.

Candidatos até março
Questionado pelo Jornal Económico sobre os nomes tornados públicos como possíveis candidatos independentes, o coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras, rejeitou  “entrar em especulações” sobre nomes. Mas admitiu que o partido liderado por Pedro Passos Coelho “tem candidatos possíveis para Lisboa, com notoriedade, que vão desde militantes a não militantes”.

“Estamos a estudar várias soluções.  Pessoas filiadas e não filiadas”, avança.
O autarca de Cascais  revelou, no entanto, que o PSD poderá vir a antecipar prazo definido para apresentar candidatos –  até 31 de março de 2017. E que, em fevereiro, poderá ser anunciado o primeiro pacote de nomes de candidatos do PSD não só à câmara de Lisboa, como a muitas outras.

“Em meados de fevereiro temos um pacote grande candidatos. Se até lá tivermos resolvida a quesão de Lisboa, comunicaremos também”, assegura.
Não querendo falar sobre potenciais candidatos à capital, o coordenador autárquico do PSD assegura: “Teremos candidatos em todos os municípios. Trataremos cada concelho como ‘o concelho’. E Lisboa segue as mesmas regras”.

Carlos Carreiras recorda, assim a estratégia para os vários municípios, incluindo para Lisboa, reiterando que nenhum cenário está fechado para a capital. Mas sinaliza o objetivo de “concorrer para ganhar em Lisboa”, dando conta que o perfil do candidato, além da notoriedade, abrange “o grande conhecimento e amor a Lisboa”.

Candidato próprio
Sobre a possibilidade de coligação  com o CDS para apoiar Cristas, Carreiras afiança:  “Para já estamos a trabalhar num candidato próprio”. Recorde-se que, em dezembro, este responsável desmentiu ao  o início de conversações com o CDS para apoiar Assunção Cristas como candidata à Câmara Municipal de Lisboa. Agora, recorda que as orientações estratégicas estão a ser cumpridas e que está a ser seguido o processo de decisão no dossier das eleições autárquicas. Consta dos nossos documentos estratégicos.

“O prazo é 31 de março, tal como ficou definido em Conselho Nacional. Até lá, é tempo de aprofundar projetos e verificar se há ou não convergência de projetos”, recorda Carreiras.

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