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Angola espera juros de 7% para emissão de dívida “no mínimo” de dois mil milhões

De acordo com o Plano Anual de Endividamento, Angola prevê captar 6,721 biliões de kwanzas (23.800 milhões de euros) de dívida pública, em 2018, totalizando 54.500 milhões de euros de endividamento.
21 Abril 2018, 19h15

O ministro das Finanças de Angola disse este sábado que a emissão de dívida em moeda estrangeira (‘eurobonds’) será feita em maio e que espera taxas de juro de 7%, começando um ‘roadshow’ na segunda-feira, em Nova Iorque.

“Vamos fazer um ‘roadshow’ [apresentação aos investidores] em várias praças financeiras, a começar por Nova Iorque, na segunda-feira”, disse Archer Mangueira em entrevista à agência Lusa, à margem dos Encontros da Primavera, que decorrem até domingo em Washington.

“O mínimo é dois mil milhões de dólares, mas pode ser mais”, disse o governante, salientando que a expectativa é que as taxas de juro exigidas pelos investidores fiquem em linha com as praticadas atualmente na emissão de dívida que Angola lançou em 2015.

“A expectativa que temos é que [a taxa de juro] ficará abaixo da dos títulos emitidos em 2015, que já estão a ser comercializados a menos de 7%; foram lançados a 9,5% e estão a ser comercializados a 7%, portanto a nossa expectativa é que fiquem a esse nível”, disse o ministro das Finanças de Angola à Lusa.

De acordo com o Plano Anual de Endividamento, Angola prevê captar 6,721 biliões de kwanzas (23.800 milhões de euros) de dívida pública, em 2018, totalizando 54.500 milhões de euros de endividamento.

De acordo com o documento, elaborado pelo Ministério das Finanças em meados de fevereiro, estas necessidades repartidas por 4,762 biliões de kwanzas (18.100 milhões de euros) a captar em dívida emitida internamente e 1,959 biliões de kwanzas (7.400 milhões de euros) em desembolsos externos, visam “colmatar as necessidades de financiamento” do Orçamento de 2018.

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