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Nova Euribor poderá beneficiar quem tem crédito à habitação

Além do indicador atual – a taxa de juro a que os bancos emprestam dinheiro entre si – o cálculo da Euribor vai incluir outras variáveis. A taxa pode ficar, assim, mais negativa ainda, mas também mais volátil.
2 Maio 2017, 11h34

A nova metodologia de cálculo da Euribor deverá entrar em vigor até junho, segundo noticia esta terça-feira o Jornal de Negócios. A mudança visa uma aproximação do valor aos valores reais e poderá significar um indexante ainda mais negativo para quem tem crédito à habitação.

“As alterações que estão a ser analisadas pretendem sobretudo garantir transparência, robustez e maior representatividade das condições do mercado no processo de determinação do benchmark Euribor”, explicou a economista-chefe do BPI, Paula Gonçalves Carvalho, em declarações ao Negócios.

Na metodologia atual, a Euribor é calculada tendo em conta a taxa de juro a que 57 bancos da zona euro emprestam dinheiro entre si no mercado interbancário. A alteração consiste na inclusão de outras variáveis, tal como volumes diários de transações ou condições de mercado.

No entanto, isto poderá significar uma maior volatilidade das taxas. Sobre o assunto, Gonçalves Carvalho afirma que “dada a importância do indexante e a sua vasta utilização no mercado e na fixação de condições contratuais com clientes, qualquer alteração procurará assegurar o menor ruído possível não devendo ser fator desestabilizador”.

Segundo os dados divulgados esta terça-feira, as taxas Euribor mantiveram-se a três, seis, nove e 12 meses em relação a sexta-feira. A mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação, a seis meses, está no mínimo histórico de -0,249%, sendo que entrou em terreno negativo pela primeira vez em novembro de 2015.

A Euribor a três meses é negativa desde abril de 2015 e está agora em -0,329%. No prazo de nove meses, a taxa foi fixada em -0,179%, enquanto a doze meses está em -0,124%.

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