De acordo com o conselho municipal, os carros diesel vão estar proibidos de circular no centro de Oslo, entre as 6 e as 22 horas, a partir desta terça-feira. A iniciativa já havia sido ponderada em 2016.
O motivo é a poluição ambiental. Com a implementação desta nova medida, que se aplica apenas às estradas da cidade e não às auto-estradas nacionais, espera-se que a poluição do ar desapareça ao longo destes dias. Mas a capital norueguesa não é a única. Já em dezembro, Paris, Madrid, Atenas e México prometeram proibir os veículos diesel até 2025.
As autoridades europeias, em particular, estão a inverter rapidamente a sua rota. De início, a Noruega, e muitos outros países, impeliram o uso de carros diesel como uma alternativa mais ecológica através de vários incentivos, entre eles, fiscais, já que os carros diesel emitem menos dióxido de carbono que os motores a gasolina tradicionais.
Mas os carros diesel produzem dióxido de nitrogénio e partículas que causam a poluição do ar e nevoeiro de fumaça, tendo-se tornando responsáveis por milhares de mortes precoces. Oslo justificou a proibição alegando que, por vezes, as emissões de gases são tão elevadas, que crianças com problemas respiratórios ou adultos com doenças cardíacas foram aconselhados a restingir a sua atividade exterior.
No entanto, camiões que utilizam o mais recente padrão de motores diesel, veículos de emergência e carros diplomáticos estão isentos da proibição.
Alguns noruegueses expressaram o seu ressentimento: “Primeiro, incentivam as pessoas a comprar carros a diesel, para depois descobrir que, afinal, não era ambientalmente amigável”, escreveu Bea Berit Borge, na página do jornal norueguês Dagbladet.
Odd Fredrik Nymark salientou: “Devemos iniciar um novo movimento: ‘Vamos recuperar a nossa cidade’. Não queremos uma cidade que seja somente acessível aos políticos e aos burocratas da cidade para uma cerveja de sexta-feira. A cidade deve ser para pessoas que trabalham”.
Um escândalo de emissões entre as fábricas também destruiu a imagem do diesel com a alemã Volkswagen, pagando mais de 20 bilhões de dólares (18,8 mil milhões de euros) em multas e registos, após a marca omitir a quantidade de dióxido de nitrogénio que os seus veículos emitiam. A Fiat Chrysler também está em discussões com as autoridades dos EUA sobre as alegações de fraude, e os juízes franceses iniciaram uma investigação preliminar contra a Renault.
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