Um estudo divulgado hoje pela Editora Elsevier revela que Portugal e o Brasil têm a maior percentagem de participação feminina na produção científica dos países: 49%, considerando o quinquénio 2011-2015. No caso brasileiro, houve um crescimento significativo em comparação com 1996-2000, quando 38% da pesquisa do país era feita por mulheres.
“O Brasil evoluiu bem em termos de presença feminina na pesquisa científica. No primeiro quinquénio pesquisado, já havia uma participação importante e nesse último quinquénio, a participação feminina aumentou para 49%, colocando o Brasil em primeiro lugar juntamente com Portugal”, disse o vice-presidente de Relações Académicas para a América Latina da Elsevier, Dante Cid.
Segundo ele, a participação das mulheres na pesquisa científica tem crescido em todas as regiões analisadas. No Brasil, está “praticamente com empate técnico” em relação aos homens, que surgem com 51%.
Nesse último quinquénio, o país que registou menor participação feminina foi o Japão (20% contra 80% de presença masculina), embora o número de investigadoras tenha evoluído em comparação ao quinquénio analisado anteriormente (15%). “Mas ainda é bastante baixo por questões culturais, profissionais locais. Já o Brasil está conseguindo equilibrar bastante essa questão.”
Entre 1996 e 2000, nos 12 países ou regiões estudados, apenas em Portugal o percentual de participação de mulheres na produção científica superava 40% do total. Já no período 2011-2015, nove países ou regiões mostraram participação de pesquisadoras igual ou superior a 40% (Austrália, Brasil, Canadá, Dinamarca, União Europeia, França, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos). De acordo com o estudo, apenas Chile, México e Japão têm participação de mulheres na produção científica abaixo desse percentual.
O estudo Gender in the Global Research Landscape mede o desempenho e pesquisa da representação de género em 12 países ou regiões geográficas e 27 disciplinas.
O estudo constatou também que a presença feminina em relação a patentes é muito reduzida a nível global. “Não chega a 20%”, destacou Cid. O país que tem maior presença feminina neste setor é Portugal, com 26%. O Brasil aparece em segundo lugar, com 19%, contra 11% no quinquénio anterior, superando países como França (17%), Estados Unidos (14%), Reino Unido (12%), Austrália (12%).
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