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Portugal e Espanha juntos na promoção de carne de coelho

A União Europeia atribuiu cerca de 5 milhões de euros ao projeto de aumento do consumo. O coelho é uma carne branca, considerada saudável, mas pouco usada.
28 Junho 2018, 17h42

A campanha da União Europeia, promovida por uma associação portuguesa e uma espanhola, para incentivar o consumo de carne de coelho na península Ibérica até 2020, arranca esta quinta-feira e conta com um financiamento de quase cinco milhões de euros.

O consumo de carne de coelho na península Ibérica “caiu 16% em pouco mais de 10 anos, tendo passado de 78.100 toneladas por ano para 65.600 toneladas”, de acordo com informação da Associação Portuguesa de Cunicultura (ASPOC), citada pela agência Lusa.

A associação afirma que “este declínio resulta exclusivamente de uma quebra constante do consumo de carne de coelho que o setor não tem conseguido contrariar” e por isso é que foi criada a campanha para promover o consumo de carne de coelho em Portugal e Espanha durante três anos.

A União Europeia atribuiu cerca de 4,82 milhões de euros ao projeto – dos quais pouco mais de um milhão de euros vão ser aplicados em Portugal e os restantes em Espanha. O presidente da ASPOC, Firmino Sousa, disse à Lusa que a União Europeia “está a apoiar pela primeira vez o consumo de uma carne”, com o objetivo de reintroduzir esta carne “na dieta mediterrânica”.

“Já apoiaram o [consumo] azeite, vegetais e frutas, mas é a primeira vez que apoiam uma carne, por ser branca, por ter excelentes propriedades nutricionais”, disse Firmino Sousa.

A campanha, apresentada esta quinta-feira na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, serviu para o presidente da Associação Portuguesa de Cunicultura explicar que, em Espanha, já começou e está a ser feita “em conjunto com a Organizacion Interprofisional Cunicola (INTERCUN)”.

“Esperamos um impacto substancial em termos das preferências do consumidor”, considerou o presidente da ASPOC, elencando que a iniciativa quer “colocar a carne de coelho no cabaz das famílias” e também atrair os consumidores de “uma classe mais jovem e urbana”, que não conhecem “os benefícios da carne de coelho”.

Firmino Sousa explicou que não há, contudo, intenção de “substituir o consumo de outras carnes”, mas sim encontrar “um espaço para uma carne de excelente qualidade”. “Sabemos de antemão que produzimos um produto de excelente qualidade e isso dá-nos este impulso muito grande de lutar pelo setor”, rematou.coelhpo

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