Quase metade dos portugueses (49%) não faz denúncias sobre as más condições éticas no seu local de trabalho. A conclusão surge de um estudo levado a cabo pelo Institute of Business Ethics (IBE) com a parceria da Universidade Católica do Porto.
A análise elaborada por estas entidades mostra que “o facto de não acreditarem que seriam tomadas medidas para alterar a situação, que os abusos não são um assunto diretamente da sua responsabilidade ou que a denúncia poderia comprometer o seu trabalho” levam os trabalhadores a não avançar com qualquer medida sobre o assunto.
Este estudo revela também que, em Portugal, 22% dos colaboradores admite ter desrespeitado os padrões éticos, devido à pressão do tempo (36%) à escassez de recursos (29%) e para cumprir ordens superiores (26%).
Outros números mostram que 35% dos colaboradores nacionais tem conhecimento deste tipo de conduta, 52% identifica tratamento inapropriado, 38% comportamentos abusivos e 28% fala do registo incorreto de número de horas trabalhadas.
Este relatório , apresentado pela primeira vez em 2005, questiona os colaboradores sobre a forma como respondem aos dilemas éticos que surgem no seu dia-a-dia no trabalho. O estudo foi realizado a 6.119 colaboradores, de oito países europeus:Portugal, Espanha, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Suíça e Reino Unido, entre 5 e 25 de fevereiro de 2018.
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