Rui Patrício afirmou esta segunda-feira que tem “a sensação”, enquanto cidadão, de que houve “alguma erosão no jornalismo de investigação”. “É pena. Esse [tipo de jornalismo] dá origem a processos”, explicou o sócio da Morais Leitão, Galvão Telles, Soares da Silva (MLGTS).
À margem de um debate sobre investigação jornalística a casos de corrupção, o advogado argumentou que “hoje em dia a investigação é mais uma investigação que decorre a lado com os processos e vai buscar informação aos mesmos”. Na sua opinião, os meios de comunicação social contribuíram para mudar o paradigma em Portugal sobre estes temas.
Questionado sobre de que forma o trabalho jornalístico converge com a investigação judicial e até que ponto foi decisivo para determinados casos virem a público, Rui Patrício justificou que depende daquilo que se entende por convergência (se se investigam as mesmas coisas ou se se investiga autonomamente).
No primeiro caso, o advogado considera que sim. “A questão é um bocadinho diferente” no segundo caso, acredita.“Acho que diminuiu alguma coisa no jornalismo de investigação nos últimos anos em termos das investigações que decorrem autonomamente”, concluiu o sócio da MLGTS.
O auditório da FNAC do Chiado, em Lisboa, recebe hoje a segunda conferência do ciclo “Conversas no Chiado”, promovida pelo Jornal Económico, com o apoio da empresa. Participam no encontro ainda os jornalistas Luís Rosa (redator principal do “Observador”) e Eduardo Dâmaso (diretor da “Sábado”) e Henrique Salinas (sócio da CCA Ontier).
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