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Trabalhadores da distribuição terminam hoje quinzena de luta e continuam até 1 de maio

A quinzena de luta terminou hoje com uma greve e uma concentração dos trabalhadores do grupo Sonae, que, segundo a sindicalista, “teve uma elevada participação”. Ao longo das duas últimas semanas decorreram greves e concentrações dos trabalhadores do Pingo Doce, Aucham, Aldi, Lidl, Minipreço e plenários na Fnac “e os trabalhadores decidiram continuar a luta”.
José Manuel Ribeiro/Reuters
20 Abril 2018, 22h04

Os trabalhadores do setor da distribuição terminaram hoje uma quinzena de luta com a perspetiva de continuar com as greves e concentrações até ao 1.º de Maio, nomeadamente no Minipreço e no Lidl.

“Fazemos um balanço muito positivo desta quinzena de luta, pois os trabalhadores do setor aderiram em força às greves e concentrações que se fizeram em quase todas as empresas, porque estão muito descontentes com a falta de resposta às suas reivindicações”, disse à agência Lusa Isabel Camarinha, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), que convocou os protestos.

A quinzena de luta terminou hoje com uma greve e uma concentração dos trabalhadores do grupo Sonae, que, segundo a sindicalista, “teve uma elevada participação”.

Ao longo das duas últimas semanas decorreram greves e concentrações dos trabalhadores do Pingo Doce, Aucham, Aldi, Lidl, Minipreço e plenários na Fnac “e os trabalhadores decidiram continuar a luta”.

Na base do conflito está a falta de resposta das empresas de distribuição ao caderno reivindicativo apresentado pelos representantes dos trabalhadores, que prevê, nomeadamente, aumentos salariais para todos os funcionários e o fim da desregulação dos horários de trabalho.

De acordo com Isabel Camarinha, com esta quinzena de luta, os trabalhadores do setor da distribuição pretendem a revisão do contrato coletivo de trabalho, sem redução do valor pago pelo trabalho suplementar, trabalho em dia feriado e sem banco de horas, bem como o aumento dos salários de todos os trabalhadores.

Os trabalhadores reivindicam ainda a equiparação da carreira profissional dos operadores de armazém à carreira dos operadores de loja, com a respetiva equiparação salarial.

O protesto dos trabalhadores da distribuição terá continuidade no dia 27, com uma paralisação no Minipreço, e nos dias 29 e 30, com dois dias de paralisação no Lidl.

A luta neste setor culmina com uma greve em todas as empresas de distribuição no 1.º de Maio, data para a qual reivindicam o direito ao gozo deste feriado, considerado internacionalmente como o Dia do Trabalhador.

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