Um antigo secretário de Estado britânico conservador afirmou esta sexta-feira que pelo menos 30 deputados do partido formaram um grupo para defender a demissão da primeira-ministra britânica, Theresa May, e a eleição de um novo líder para o Partido Conservador.
“Penso, como alguns dos meus colegas, que está na altura de levantar o problema da liderança”, afirmou o deputado Grant Shapps, antigo secretário de Estado do Desenvolvimento Internacional, à rádio BBC 4.
“Não é possível continuar assim. É chegado o momento de organizar uma nova eleição da liderança, ou pelo menos preparar um calendário para isso”, acrescentou, precisando que tem o apoio de cerca de três dezenas de deputados.
Esta contestação à liderança de Theresa May surge dois dias depois do acidentado discurso da primeira-ministra no encerramento da conferência anual do Partido Conservador em Manchester, no norte de Inglaterra.
Acessos de tosse, letras do cenário que caíram e a interrupção por um humorista que lhe entregou uma nota de despedimento “da parte de Boris Johnson”, o ministro dos Negócios Estrangeiros, contribuíram para que muitos na imprensa e no partido tenham considerado o discurso “calamitoso”.
A liderança de May do partido e do Governo tem contudo sido crescentemente posta em causa desde junho, quando o Partido Conservador perdeu a maioria absoluta nas legislativas que a própria primeira-ministra decidiu realizar antecipadamente.
Os estatutos do partido estabelecem que um mínimo de 48 deputados pode pedir a convocação do Comité 1922, responsável pela organização interna dos conservadores.
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