“La Gran Ola” (A Grande Onda, na tradução literal) é o nome do documentário de 63 minutos realizado pelo espanhol Fernando Arroyo, onde analisa o risco de Portugal e Espanha serem engolidos por um grande tsunami. O filme, narrado à jeito de Twin Peaks (com trilha sonora em tom de suspense conspiratório), também relata como é que os portugueses e os espanhóis vão lidar com a catástrofe, tendo em conta a falta de preparação da Península Ibérica para gerir uma crise desta natureza.
“Esta é a verdade sobre os tsunamis em Espanha e Portugal. Podem acreditar… ou não”, refere o realizador ao jornal espanhol El País.
No filme há participações de vários especialistas portugueses. Mário Lopes, professor do Instituto Superior Técnico denuncia a negligência dos governos. “Os políticos sabem que há risco sísmicos e sabem que ele pode ser reduzido, mas não fazem nada.” O alerta está no ar. “No golfo de Cádis há grande falhas que podem originar grandes sismos em qualquer altura”.
“Esta onde gigante já está a caminho. Não sabemos quando chega mas já está a caminho, e não fazemos nada” relata María Belón, sobrevivente do tsunami na Tailândia em 2004.
O documentário também a ser noticiado na imprensa estrangeira, que compara o futuro possível tsunami ao terramoto de 1755.
O filme oferece uma análise abrangente e didática. Nos 63 minutos do documentário é explicada a difícil base do problema: a enorme diferença entre os círculos temporários dos políticos, que são geralmente de quatro anos e os extraordinários fenómenos sísmicos.
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