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Uber multada em 20 milhões por aliciar condutores com salários inflacionados

Quem acusou foi a Federal Trade Comission. Por sua vez, a Uber não admitiu ter errado, mas também não desmentiu as acusações de ter originado “milhões de dólares em danos” aos motoristas da plataforma.
20 Janeiro 2017, 11h37

O anúncio da Uber Technologies, no seu site, sobre os motoristas da empresa ganharem, em média, 90 mil dólares em Nova Iorque e 74 mil dólares em São Francisco levou-a a ser processada pela Federal Trade Comission (FTC).

O organismo de regulação dos EUA, que visa defender os consumidores e a concorrência, acusou a Uber de ter exagerado nos vencimentos dos motoristas, quando na realidade são significativamente menores, segundo o Wall Street Journal. Apenas menos de 10% dos motoristas conseguem uma remuneração semelhante ao indicado pela empresa.

Para fechar o processo, um tribunal federal da Califórnia multou a Uber em 20 milhões de dólares (18,8 milhões de euros), com o objetivo de aumentar as possibilidades de recrutamento de novos condutores, de acordo com os pormenores processuais revelados no tribunal, conhecidos esta quinta-feira passada.

A plataforma tecnológica foi, também, proibida de divulgar informação falsa sobre os vencimentos dos motoristas e sobre os programas de financiamento dos contratos de leasing dos automóveis usados nos serviços de transportes prestados sob a plataforma.

Um porta-voz da Uber admitiu a satisfação da empresa por ter chegado a acordo com a FTC, referindo que procederam a “muitos melhoramentos na experiência dos motoristas durante o último ano” e que tencionam “continuar a assegurar que a Uber é a melhor opção para quem quer que queira ganhar dinheiro no seu próprio horário.

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