Um em cada três deputados tem cargos sociais em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou outro tipo de associações sem fins lucrativos, revela o “Jornal de Negócios” na edição desta sexta-feira.
Através da consulta dos registos de interesse no site do Parlamento, o diário de economia percebeu que 32% de parlamentares desempenham cargos sociais em instituições sem fins lucrativos, excetuando atividades em instituições privadas.
Membros da mesa da assembleia-geral, do conselho fiscal, vogais da direção ou presidentes, estão entre as funções que os deputados portugueses desemprenham nestas entidades. Porém, caso se tenham em conta as funções sociais em empresas a percentagem aumenta para 41,3%.
Uma reportagem divulgada em 9 de dezembro pela TVI deu conta de alegadas irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa, como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.
Entre as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros, de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que rondava os 800 euros mensais.
O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social disse na segunda-feira ter “perfeita consciência” de que o facto de ter apoiado como cidadão a associação “Raríssimas” o colocou “numa posição de particular sensibilidade”.
Com Lusa
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