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UTAO: défice vai ficar em 2,5% do PIB no primeiro semestre

Os técnicos que apoiam os deputados da Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa salientam que a previsão não inclui o possível impacto da recapitalização da CGD.
4 Setembro 2017, 19h56

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que o défice nacional tenha ficado em 2,5% do produto interno bruto (PIB), no primeiro semestre do ano. A confirmar-se, o valor é melhor que o registado no mesmo período do ano passado, mas fica acima da meta do Governo de 1,5% para o conjunto do ano.

“A estimativa para o défice do primeiro semestre de 2017 em contabilidade nacional [a que conta para Bruxelas] aponta para um valor central de 2,5% do PIB, o que representa uma melhoria face ao período homólogo, embora permaneça ainda aquém do objetivo anual para o défice definido no OE2017”, que é de 1,5%, refere a nota da UTAO, a que a agência Lusa teve acesso.

Os técnicos que apoiam os deputados da Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa salientam que esta previsão não inclui o possível impacto que a operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), realizada no primeiro trimestre, que não é ainda conhecido.

Há duas semanas, quando foram conhecidos os dados da execução orçamental até julho, Mário Centeno garantiu que o governo vai cumprir a meta do défice. Na altura, o ministro das Finanças afirmou que a execução orçamental até então permite antecipar “o cumprimento dos objetivos orçamentais de 2017, pelo segundo ano consecutivo”.

“A melhoria do saldo orçamental é agora por demais evidente, dissipado o efeito da antecipação dos reembolsos fiscais”, disse Centeno, em agosto. “Só desta forma, será possível cumprir o Programa do Governo e reduzir de forma estrutural os custos de financiamento da economia portuguesa”.

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