A bolsa dos Estados Unidos fechou em queda num dia onde os manifestos anti-Trump atingiram a sua expressão máxima.
O Dow Jones deixou os 20.000 pontos e está agora nos 19.971,13 pontos (-0,61%). O S&P 500 está nos 2.280,90 pontos (-0,60%) e o Nasdaq Composite fechou nos 5.613,71 pontos (-0,83%).
O sector mais afectado na bolsa foi sem surpresas o aeroportuário. As companhias aéreas caíram em força por causa do veto migratório temporário de Trump a sete países muçulmanos.
A American Airlines (-4,37%), Delta (-2,36%) e United Airlines que cedeu 4% foram algumas das mais afectadas.
Hoje, os EUA revelaram o consumo no país e as vendas de casas usadas, ambos referentes a dezembro.
O consumo privado em dezembro subiu 0,5%, em linha com o esperado, enquanto as receitas subiram 0,3%, ligeiramente por abaixo dos 0,4% previstos.
As vendas de casas usadas subiu em janeiro 1,6%, acima dos 1,1% estimados.
Amanhã temos o início da reunião de dois dias da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Esta semana a NYSE recebe mais uma cotada. A Snapchat elegeu a bolsa americana para entrar em bolsa (Oferta Pública Inicial).
Mas o mercado hoje balançou ao barulho dos manifestos.
Num mundo desde o princípio de pé atrás com Trump a medida do presidente norte-americano provocou o caos nos aeroportos, e dominou o centro das atenções da imprensa mundial.
A iniciativa do Presidente norte-americano é direcionada a cidadãos de sete países, considerados de alto risco já desde a administração Obama. É um decreto temporário mas provocou a ira um pouco por todo o lado. Barack Obama aproveitou para vir a público apoiar a contestação ao decreto que limita entradas de estrangeiros de sete países nos Estados Unidos. O ex-Presidente defende que os valores da América estão em risco perante tal medida. Esta terça-feira será conhecido o nome do juiz escolhido pela administração Trump para o Supremo Tribunal. Isto acontece depois do anúncio da presença do diretor da CIA, escolhido por Trump, nas reuniões do Conselho de Segurança Nacional.
O CEO da Goldman Sachs (GS), Lloyd Blankfein, disse que a ordem executiva de Trump tem um “potencial de ruptura para a empresa”, se for definitiva (a medida de Trump é temporária).
“Esta não é uma política que apoiamos, e gostaria de observar que ela já foi contestada no tribunal federal”.
“Se a ordem viesse tornar-se ou a permanecer efectiva, eu reconheço que havia um potencial de ruptura para a empresa (…) Deixe-me encerrar citando os nossos princípios de negócios. Para que tenhamos sucesso, os nossos homens e as nossas mulheres devem refletir a diversidade das comunidades e culturas em que operamos. Isso significa que devemos atrair, reter e motivar as pessoas de muitos antecedentes e perspectivas. Ser diverso não é opcional; é o que devemos ser”, disse o presidente do Goldman Sachs à sua equipe.
Mas não foi só do Goldman Sachs, foi também do Bank of America, JP Morgan, todos a criticar a política de encerramento das fronteiras.
No mercado dos futuros de petróleo o crude West Texas caiu 0,9%, até aos 52,69 dólares.
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