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Segurança Social encerra lar na Lourinhã depois de denúncias de maus-tratos a idosos

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social assumiu a gravidade da situação e ordenou uma inspeção de máxima urgência, tendo a mesma sido realizada prontamente pelo Instituto da Segurança Social na segunda e terça-feira.
8 Março 2023, 12h07

O Instituto da Segurança Social determinou o encerramento do Lar Delicado Raminho, no concelho da Lourinhã, depois de uma fiscalização de urgência após denúncias de maus-tratos a idosos residentes.

“O Instituto da Segurança Social decretou o encerramento do lar e iniciou o processo de transferência dos utentes em colaboração com os seus familiares”, escreve a entidade em comunicado. Na mesma comunicação, a Segurança Social confirmou as “várias situações denunciadas”.

O caso de abusos a idosos foi revelado pela “SIC” na última semana e levou a Segurança Social a abrir uma investigação à direção e aos funcionários da instituição. Ainda antes da entidade declarar o fecho da instituição e a transferência de utentes, várias famílias já estavam a retirar os familiares do lar.

Depois da reportagem da “SIC”, transmitida a 5 de março, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social assumiu a gravidade da situação e ordenou uma inspeção de máxima urgência, tendo a mesma sido realizada prontamente pelo Instituto da Segurança Social na segunda e terça-feira.

Ao dia de ontem, a Procuradoria-Geral da República confirmou a abertura de um inquérito ao lar localizado na Lourinhã, após as duas inspeções ordenadas pela ministra da tutela.

Com a denúncia de maus-tratos, o uso das mesmas luvas para o manuseamento de vários utentes, feridas por tratar, má alimentação e banhos de água fria, a ministra esclareceu que foram realizadas mais de sete mil visitas de acompanhamento ao lar em questão, tendo sido realizadas várias recomendações mas que “a situação agora detetada não tem nada a ver com a situação que foi verificada aquando dessa visita [visita conjunta em 2022]”. Ana Mendes Godinho apontou que os casos de maus-tratos merecem “intolerância total” quando a proteção das pessoas não está salvaguardada.

A “SIC” denunciou que o lar tinha, ao momento da reportagem, 60 utentes nas instalações, podendo receber até um máximo de 78 pessoas. Em média, cada utente paga entre os 1.250 euros e os 1.500 euros mensais.

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