Os conselheiros políticos do governo de Xi Jinping apresentaram mais de 20 recomendações para aumentar as taxas de natalidade no país, numa altura em que o país se depara com uma diminuição da população pela primeira vez em seis décadas.
De acordo com a “Reuters”, as medidas em causa, que foram propostas durante a reunião anual da Conferência Consultiva Política Popular da China (CPPCC) deste mês, dizem respeito à atribuição de subsídios para as famílias que criam o seu primeiro filho, em vez de apenas o segundo e terceiro, ao alargamento da educação pública gratuita e à melhoria do acesso a tratamentos de fertilidade.
Com a política do filho único imposta entre 1980 e 2015, o gigante asiático favoreceu a criação de um “buraco demográfico”, o que levou a que as autoridades aumentassem o limite de filhos para três em 2021. Porém, mesmo durante o período de confinamento, os casais mostraram-se relutantes quanto à decisão de ter filhos.
Os jovens aludem aos elevados custos dos cuidados infantis e da educação, aos baixos rendimentos, uma rede de segurança social débil e às desigualdades de género como fatores dissuasores.
Citados pela “Reuters”, os especialistas olham para as propostas como um sinal positivo de que o país reconhece a urgência de enfrentar o seu envelhecimento e declínio demográfico.
Xiujian Peng, investigador sénior do Centro de Estudos Políticos da Universidade de Victoria, na Austrália, entende que, apesar de não se poder “mudar a tendência decrescente” da natalidade, “sem qualquer política de incentivo à natalidade, a natalidade diminuirá ainda mais”.
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