A Nike registou um lucro de 4.039 milhões de dólares (3.750 milhões de euros) nos últimos nove meses, menos 12% do que em igual período de 2021, revelam os dados da empresa citados pelo “CincoDías”. Este resultado é refletido pela fraca procura do mercado chinês, que permaneceu encerrado muito tempo devido à pandemia de Covid-19.
A empresa tem vindo a esforçar-se para reduzir o inventário que tem acumulado e não conseguiu escoar nos últimos dois anos, bem como impulsionar o negócio no digital.
De acordo com a publicação espanhola, a marca norte-americana tinha um inventário avaliado em 8,9 mil milhões de dólares, mais 16% do que no período homólogo.
“Fizemos um enorme progresso com o inventário à medida que posicionámos a Nike para um crescimento mais sustentável e rentável”, apontou Matthew Friend, diretor financeiro, em comunicado.
Em termos de faturação, a empresa de artigos desportivos ganhou 38.392 milhões de dólares (35,65 mil milhões de euros) nos últimos nove meses, um valor que representou um aumento de 11%. No entanto, este valor é ainda impulsionado pelo aumento de custos ligados à inflação, que reduziu as margens brutas da empresa.
O último trimestre (dezembro a fevereiro, porque a Nike não segue o calendário tradicional), o lucro da empresa fixou-se em 1.240 milhões de dólares, menos 11% do que em igual período de 2022, enquanto a faturação se situou em 12.390 milhões de dólares, mais 4%.
A Nike apresentou um forte crescimento em todas as regiões, com exceção da China, onde perdeu 8% das vendas, mesmo com o alívio das restrições. A empresa espera que as vendas do próximo trimestre melhorem, uma vez que a economia chinesa abriu no início do ano.
De acordo com a “Reuters”, a norte-americana espera mesmo uma recuperação significativa, acima da concorrente alemã Adidas, que viu os lucros caírem significativamente com o fim da parceria com o rapper Kanye West.
Para o total do ano, a empresa estima que as receitas aumentem significativamente, ainda que apenas num único dígito.
Nas ações, a empresa conseguiu um lucro de 0,79 cêntimos por ação, um aumento face as expetativas de 0,55 cêntimos.
Vendas de seis anos atingem os mesmos da Adidas e Puma (combinados)
Dados recolhidos pelo SportsLens mostram que a Nike alcançou 78,3 mil milhões de dólares com as vendas dos últimos seis anos, quase tanto quanto as vendas combinadas da Adidas com a Puma.
Parte destas vendas, declara a publicação, devem-se às aquisições que a marca tem realizado no mercado desportivo, entre as quais Converse, Cole Haan, Bauer Hockey, Umbro e Hurley International.
Além da aquisição das marcas, os patrocínios de atletas de alta performance também se destacaram, nomeadamente Cristiano Ronaldo, Rafael Nadal, Lebron James, e equipas desportivas, entre as quais o Manchester United, o FC Barcelona e Paris Saint-Germain.
“Estes acordos significativos ajudaram a que as receitas de vendas da Nike crescessem 50% em seis anos, passando de nove mil milhões em 2016 para 13,5 mil milhões de dólares em 2022”, nota.
Michael Jordan é o atleta mais bem pago de sempre
O basquetebolista Michael Jordan tornou-se o atleta mais bem pago do mundo, assumindo um valor agregado de 3,3 mil milhões de dólares, de acordo com dados da Sportico, Forbes e Sports Illustrated.
O valor em causa é atingido, em parte, devido à linha de calçado desportivo Air Jordan, em parceria com a Nike, que gerou mais dinheiro do que as verbas ganhas por Cristiano Ronaldo e LeBron James em conjunto.
O atleta terminou a sua carreira em 2003 e conquistou seis títulos de campeão da NBA pelos Chicago Bulls, entre muitos outros títulos individuais. Grande parte do dinheiro que vai ganhando provém desta parceria com a Nike, mas também com contratos publicitários.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com