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Fundo de investimento com ADN português aposta em empresa israelita

O 33N, criado por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva em parceria com a Alantra, concluiu a sua primeira operação de financiamento, na tecnológica Panorays.
31 Março 2023, 09h30

O fundo de investimento português 33N, criado por Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva em parceria com a Alantra, anunciou esta sexta-feira que concluiu a sua primeira operação de financiamento ao liderar a nova ronda da tecnológica israelita Panorays.

A Panorays foi criada em 2016 e opera no segmento da gestão de risco de terceiros, também conhecida pela sigla TPRM – Third Party Risk Management. “Apesar do foco crescente na proteção dos seus próprios ativos digitais, a área de TPRM está a tornar-se cada vez mais um tema central sob escrutínio dos conselhos de administração, devido ao aumento e criticidade dos ataques provenientes da cadeia de valor na generalidade dos sectores de atividade económica”, alerta o 33N, em comunicado.

A Panorays tem sido financiada por diferentes investidores internacionais, nomeadamente as sociedades de capital de risco Aleph VC, Oak HC/FT, Greenfield Partners, BlueRed Partners (Singapore), Greenspring Associates e Moneta VC, bem como Lane Bess, ex-CEO da Palo Alto Networks, e o cofundador da Imperva Amichai Shulman.

O fundo 33N, registado no regulador dos mercados desde o final de 2022, irá agora dar início a uma fase de estreita colaboração da tecnológica israelita que envolve tanto a expansão comercial ao estabelecimento de parcerias, especialmente na Europa, até ao apoio à equipa fundadora, que é composta pelos empreendedores Demi Ben-Ari, Matan Or-El e Meir Antar.

Para os novos investidores da Panorays, esta é “líder” numa área que “permite a análise, monitorização contínua e remediação do risco proveniente de parceiros e fornecedores”. No fundo, a plataforma digital desenvolvida pela empresa faz validação dos questionários de postura de cibersegurança e viabiliza a gestão em escala, uma vez que, em muitos casos, o processo envolve milhares de entidades.

A tecnologia “permite ainda a pronta colaboração entre as várias partes sugerindo a melhor forma de remediação para os riscos identificados”, segundo o 33N, que é um fundo de capital de risco europeu, especializado em software de cibersegurança e infraestruturas, que está registado na Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV – equivalente à CMVM em Portugal) e investe na Europa, Israel e Estados Unidos em empresas em fase inicial de crescimento nesta área (early-stage).

Em outubro do ano passado, Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva – ambos executivos da Sonae IM (Bright Pixel Capital) – decidiram sair do braço de investimento do grupo Sonae para criar a sua própria sociedade de capital de risco. A 33 Ventures chegou ao mercado com capacidade de investimento inicial de 20 milhões de euros, embora a meta seja que o fundo alcance os 150 milhões de euros.

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