O sector da restauração está a pedir para o Governo reduzir a taxa de IVA cobrada para 6% nos serviços de alimentação e bebidas. Os empresários defendem que o IVA zero aprovado no Parlamento tem efeitos no consumidor final e pouco impacto nas empresas do sector e, por isso, pedem a aplicação do IVA a 6% por um ano, de forma a que consigam liquidar as obrigações e endireitar a tesouraria.
Ao “Dinheiro Vivo”, a secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) admite temer que a medida que vai entrar em vigor em meados de abril desencoraje o consumo fora da habitação devido aos preços.
Ana Jacinto explicou ainda que as contas para a restauração não são simples, como para os contribuintes. “O proprietário de um restaurante compra os alimentos essenciais a uma taxa de IVA de 6% e depois vende o produto final a uma taxa de 13%. No momento do apuramento, vai entregar ao Estado a diferença entre o IVA das suas vendas e o IVA das compras”, adiantou.
“Com o IVA a 0%, no momento da compra vai deixar de pagar IVA, mas depois tem de entregar a totalidade do IVA das suas vendas. Ou seja, não existe poupança para as nossas empresas porque o IVA não é um custo”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com