Medina diz que mulher de Galamba “não foi nomeada pelo Governo” para cargo

O ministro das Finanças, Fernando Medina, indicou que é a primeira vez que um político está sob o escrutínio por não ter nomeado alguém, sendo que a mulher de João Galamba (na origem da crítica) não foi nomeada pelo Governo.

“É a primeira vez que me recordo que um político é criticado na praça pública por adversários, não por nomear alguém, mas por não nomear alguém”, atirou Fernando Medina depois da notícia da “TVI” de que a nomeação de Laura Abreu Cravo (mulher do ministro das Infraestruturas) não foi publicada em Diário da República, fugindo à lei da transparência.

O responsável pela tutela das Finanças esclarece que Laura Abreu Cravo “não foi nomeada pelo Governo, não foi pré-nomeada pelo Governo e que não tem nenhuma pré-nomeação à espera de nenhum cargo que dependa de um membro do Governo”.

Em resposta ao Chega, que pediu a comissão de inquérito, Medina garante que Laura Cravo se encontra, como “centenas ou milhares de quadros de administração pública a desempenhar funções noutro departamento da administração pública de que não é o quadro originário”, estando ao abrigo do regime de mobilidade.

Desta forma, o ministro das Finanças rejeita todas as acusações de que o Executivo terá nomeado a mulher do atual ministro das Infraestruturas (à data secretário de Estado da Energia) para o Departamento de Planeamento e Relações Internacionais do Ministério das Finanças.

Face às acusações sobre a falta da publicação da nomeação em Diário da República quando entrou em março de 2022, a par do anterior diretor do gabinete, Medina clarifica que Laura Cravo “assumiu, posteriormente, um cargo de coordenação técnica”, pelo que não é diretora do departamento. “Não foi nomeada diretora de departamento e não vai ser nomeada diretora de departamento”, sustentou.

Assim, Laura Abreu Cravo é, no Ministério das Finanças, “quadro de uma instituição da administração pública, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a desempenhar funções no Departamento de Serviços Financeiros a pedido desse mesmo departamento, devido às suas competências relativas à área dos mercados e serviços financeiros”.