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Reino Unido. Subida inesperada dos salários coloca Banco de Inglaterra em alerta

A decisão referente a uma possível última subida de 25 pontos básicos nas taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra dependia de alguns dados importantes que seriam conhecidos esta semana: salários de fevereiro e índice dos preços no consumidor de março.
Toby Melville / Reuters
18 Abril 2023, 08h46

O crescimento dos salários acelerou de forma inesperada no passado mês de fevereiro e essa subida, que não foi prevista pelos analistas, está a colocar o Banco de Inglaterra em alerta, escreve esta terça-feira o jornal espanhol “El Economista”.

“Quando se espera que a moderação salarial se consolidasse, diminuindo possíveis pressões inflacionárias, o dado relativo a fevereiro publicado esta terça-feira pelo INE britânico voltou a disparar o alarme”, realçam os espanhóis.

Assim, o crescimento dos salários conheceu uma evolução inesperada em fevereiro. “As receitas médias, excluindo os bónus, aumentaram 6,6% em três meses até fevereiro em comparação com o mesmo período do ano passado, ao mesmo ritmo que no período anterior, que também foi revisto em alta para 6,5%. Os economistas esperavam uma desaceleração até 6,2%”, destaca o “El Economista”.

No que diz respeito ao desemprego, este dado registou um aumento de mais de 28 mil desempregados em março, frente a um corte de 18 mil pessoas nessa condição em fevereiro e a expectativa de 10.200 desempregados. “Este dado pode indicar um esfriamento do tenso mercado laboral no Reino Unido”, destaca o jornal.

Os responsáveis políticos, encabeçados pelo Governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, esperavam que o crescimento salarial pudesse esfriar e com isso que houvesse um alívio da inflação, o que quintuplica o objetivo de 2%. Os analistas já apontavam para uma pausa na subida das taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra, em relação à reunião de maio, deixando esse valor nos 4,25%. A decisão referente a uma possível última subida de 25 pontos básicos nas taxas de juro dependia de alguns dados importantes que seriam conhecidos esta semana: salários de fevereiro e índice dos preços no consumidor de março, que será conhecido esta quarta-feira. “Conhecido este dado relativo aos salários, todo o peso de uma eventual subida numa nova subida das taxas de juro recai na inflação”, destaca o “El Economista”.

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