A atividade económica desacelerou em Portugal em fevereiro, tanto na indústria, como nos serviços e na construção, mostram os dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que foram divulgados esta quinta-feira. Isto numa altura em que também a Europa tem perdido gás, com o sentimento económico da Área do Euro a recuar.
“Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para fevereiro, apontam para uma desaceleração na indústria e nos serviços em termos nominais e na construção em termos reais”, sublinha o gabinete de estatísticas, na nota publicada esta manhã.
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Importa explicar que o indicador da atividade económica sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos, que refletem a evolução da economia. Ora, após reduções em novembro e dezembro, esse indicado registou uma “forte aceleração” no arranque do ano. Já em fevereiro abrandou.
“Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre janeiro e março, após ter estabilizado no mês precedente”, observa o INE.
No que diz respeito especificamente à indústria, o índice de produção subiu 1,8%, quando em janeiro tinha crescido 4,7%. Excluindo a energia, esse indicador até recuo (1,5%), quando tinha crescido (2%) no arranque do ano.
“Em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria abrandou em fevereiro para uma taxa de 4,3% em termos homólogos. Excluindo o agrupamento de energia, as vendas na indústria abrandaram para uma taxa de variação homóloga de 7,4% (13,6% em janeiro)”, detalha o INE.
Já quanto aos serviços, o índice de volume de negócios cresceu 9,9% em fevereiro. No mês anterior, tinha subido quase 14%. Só considerando o comércio a retalho, verificou-se um aumento de 0,4% do índice de volume de negócios, valor que compara com a variação de 3,7% verificada no mês anterior.
Quanto à construção, o gabinete de estatística refere que o índice de produção desacelerou para uma variação homóloga de 2,6% em fevereiro, após ter aumentado 6,0% no mês precedente.
Esta evolução da economia portuguesa acontece numa altura em que o indicador de sentimento económico da Área Euro tem recuado. “Esta evolução refletiu a diminuição dos indicadores de confiança no comércio a retalho, na construção e na indústria e, em menor grau, nos serviços. O indicador de confiança dos consumidores também diminuiu de forma ténue, interrompendo o perfil ascendente observado nos últimos cinco meses”, explica o INE.
Também os preços das matérias-primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de -1,8% e -5,0%, respetivamente, em março. Em fevereiro, tinham subido 0,4% e 0,7%.
Atualizada às 12h08
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