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Oposição pede a Medina que esclareça “quem estava a mentir” sobre parecer da TAP

Deputados do BE, PSD e Chega lembraram versões diferentes das ministras da Presidência, Assuntos Parlamentares e Finanças sobre parecer referente ao despedimento da CEO da TAP, com Medina a classificar como “deploráveis” os adjetivos usados recentemente pela oposição neste tema.
26 Abril 2023, 16h22

As bancadas bloquista, social-democrata e do Chega aproveitaram o plenário desta quarta-feira para questionarem o Governo sobre a incoerência entre os seus ministros quanto ao parecer sobre a justa causa no despedimento da CEO da TAP, Christine Oumières-Widener. Com os ministros das Finanças, da Presidência e dos Assuntos Parlamentares no parlamento, a oposição pediu esclarecimentos sobre o assunto, com Fernando Medina a garantir que os deputados terão acesso a “todos os documentos”.

A reunião plenária desta quarta-feira estava calendarizada para debater o Programa de Estabilidade 2023-2027 (PE), mas a presença dos três ministros envolvidos na polémica do parecer sobre a TAP levou a outras questões pelos deputados da oposição.

Tanto à direita, como à esquerda, houve pedidos para que os representantes do Governo revelassem “quem estava a mentir”, como afirmou o deputado social-democrata Hugo Carneiro, lembrando a incongruência entre as palavras de Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes e Fernando Medina.

Já André Ventura, presidente e deputado do Chega, revisitou as palavras de Alexandra Leitão e Sérgio Sousa Pinto, ambos deputados socialistas, na comunicação social durante o fim-de-semana sobre a falta de uniformidade entre as versões dos vários ministros.

“Não é o PSD que diz, não é o Chega, não é a IL; são deputados seus”, referiu, acrescentando que “mentir ao parlamento é uma coisa grave”.

O ministro das Finanças considerou “deplorável” a adjetivação feita nos últimos dias a propósito desta polémica, considerando que tal não passa de jogos políticos para descredibilizar o Governo, e garantiu o acesso a toda a documentação pela comissão parlamentar de inquérito (CIP) à gestão política da TAP.

“Ainda hoje a CPI terá acesso a todos os documentos: os que solicitou da primeira vez e os que não solicitou, que constituem a espinha dorsal do despedimento da CEO”, afirmou Medina.

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