Alexandra Leitão, deputada do Partido Socialista (PS) e antiga ministra, revelou este domingo, no programa “Princípio da Incerteza”, da CNN Portugal, ter ficado “estupefacta” com a conferência do ministro das Infraestruturas João Galamba a propósito do caso que envolveu o ex-adjunto do governante, Frederico Pinheiro
“Defendi que João Galamba devesse falar a propósito deste caso mas fiquei estupefacta com a conferência de imprensa. Meteu-se ao barulho o primeiro-ministro, o secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, a ministra da Justiça. Há incidentes, contradições, mentiras que depois vão-se enredando”, destacou a deputada socialista.
No entender de Alexandra Leitão, o Governo “não recuperou dos incidentes que aconteceram nos primeiros oito a nove meses e que culminaram com a saída do Pedro Nuno Santos e com as questões em torno da TAP, apesar dos bons resultados económicos”.
“Quando há um problema, este Governo perde a cabeça. Quando vem a público um caso (e eu recuso a chamar de casinho) dá ideia que toda a gente perde a cabeça e se enreda num conjunto de explicações que só pioram a situação”, criticou a deputada e ex-ministra socialista.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, afirmou este sábado, em conferência de imprensa, que o seu Ministério nunca teve qualquer intenção de ocultar informação à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP. “Nego categoricamente”, declarou, adiantando que as notas foram entregues pelo seu Gabinete à CPI, quase no final do segundo prazo, porque só nessa altura o seu Adjunto, Francisco Pinheiro as entregou ao Gabinete.
O ministro explicou a fita do tempo dos acontecimentos contraditórios entre os quais a reunião da ex-CEO da TAP que antecedeu a ida da gestora à CPI e o desaguisado que levou a PSP ao Ministério das Infraestruturas e Habitação, bem como o envolvimento da Polícia Judiciária e do SIS (Sistema de Informações e Segurança) no processo.
“O adjunto apoderou-se de um computador de serviço com informação classificada. Foi chamada a PSP e dado o alerta aos serviços de informação, como devia ter sido feito e foi feito”, explicou.
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