Cerca de 40% dos empregadores do sector dos eventos confessam que não estão a conseguir contratar os trabalhadores que procuram, por causa da falta de mão-de-obra, e adiantam que tal está a impactar negativamente o seu negócio. Este cenário, que consta de um inquérito feito pela Fixando que foi divulgado esta quarta-feira, fica em linha com as queixas feitas ao longo dos últimos meses pelos empresários de vários sectores, da construção ao turismo.
De acordo com o estudo da plataforma de contratação de serviços – que teve por base 475 especialistas na área dos serviços, que foram ouvidos nos primeiros quatro meses de 2023 –, a falta de mão-de-obra é hoje um dos principais desafios deste sector, “com impacto direto nos lucros”.
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“O impacto da falta de mão de obra é significativo, com cerca de 40% dos inquiridos a afirmar não conseguir contratar pessoas atualmente”, explica a Fixando, detalhando que também 40% dos ouvidos asseguram que a escassez de pessoal está a afetar o negócio.
Entre as principais causas para a falta de mão-de-obra, a maioria dos inquiridos (56%) identifica a pandemia, “que forçou muitos trabalhadores a procurar trabalho noutras áreas”, mas também a falta de pessoas qualificadas (40%) e a fraca atratividade dos rendimentos oferecidos nesta atividade (44%).
“A necessidade de recusarem serviços por não terem capacidade de resposta para os mesmos é um problema que afeta cerca de 40% destes profissionais. Uma das soluções encontradas por cerca de 30% dos inquiridos, passa pelo aumento da remuneração para estes trabalhos, que, apesar de ter um impacto direto na redução dos seus lucros, é considerada como uma das soluções mais eficazes”, salienta a Fixando.
Perante este cenário, Luís Teixeira, gerente da empresa de organização de eventos Conspiração Catering, explica, citado em comunicado: “Neste momento, não temos mãos a medir: é escolher o cliente que mais benefício nos dará e dizer que não a pequenos eventos. Os portugueses não querem trabalhar neste ramo devido às horas e por não terem fins de semana livres”. O responsável considera, por isso, uma inevitabilidade o aumento dos preços.
A escassez de mão-de-obra não é um exclusivo deste sector. Aliás, nos últimos meses, várias foram as queixas feitas pelos empresários de variados sectores, como o turismo (que perdeu muito talento durante a crise pandémica), os serviços e até a construção.
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