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Lagarde: Inflação vai “continuar muito elevada durante muito tempo”

O BCE decidiu hoje subir novamente a taxa de juro, mas em 25 pontos base, abrandando assim o ritmo das subidas.
4 Maio 2023, 14h40

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) avisou hoje que as perspetivas apontam que a inflação vai continuar “muito elevada durante muito tempo”.

Christine Lagarde recordou que a economia da zona euro cresceu apenas 0,1% no primeiro trimestre, isto em cadeia (crescimento homólogo de 1,3%) e que a inflação recuou dos 8,5% em fevereiro para os 6,9% em março.

Os “preços baixos de energia,o alivio dos constrangimentos nas cadeias de abastecimento e o fim dos apoios para famílias e empresas contribuíram para a resiliência da economia”.

O consumo deverá ter “permanecido fraco”, a confiança das empresas recuperou “lentamente”, mas a um nível abaixo do pré-invasão, o sector industrial produz à boleia das encomendas anteriores, mas as perspetivas “pioram”, os serviços crescem “devido à reabertura da economia”, os rendimentos das fanílias “beneficiam da força do mercado laboral” e o emprego “continua a crescer”.

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje subir novamente a taxa de juro em 25 pontos base, abrandando assim o ritmo das subidas. Esta é a sétima subida consecutivo da taxa de juros, mas as anteriores primaram pelos 50 pontos base.

O conselho do BCE decidiu hoje aumentar as três taxas de juro em 25 pontos base cada: a taxa principal de refinanciamento, a taxa de empréstimo e a taxa de depósitos subiram assim para os 3,75%, 4% e 3,25%, com os aumentos a terem efeito a partir de 10 de maio. As subidas foram justificadas com “as pressões contínuas de inflação elevada”.

“As decisões futuras do conselho vão assegurar que as taxas vão atingir níveis suficiemente restritivos para atingir um regresso atempado da inflação para a meta de médio-prazo de 2% e vai ser mantida nesses níveis durante o tempo que for necessário”, sublinha, garantindo que vai manter a sua “abordagem com base em dados para determinar o nível apropriado e duração da restrição”.

As decisões vão continuar a ser tomadas com base no outlook da inflação “à luz dos dados económicos e financeiros, as dinâmicas da inflação core e a força da transmissão da política monetária”.

Olhando para as decisões anteriores, destaca que os aumentos estão a “ser transmitidos forçosamente ao financiamento da zona euro e às condições monetárias, enquanto que a força da transmissão à economia real continua incerta”.

 

 

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