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Dirigente do PS diz que Miguel Alves não tem condições para se manter no Governo

Daniel Adrião afirma que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro “já se devia ter demitido ou já devia ter sido demitido”. Dirigente do PS elogia Alexandra Leitão por ter a “coragem de dizer em voz alta o que muitos pensam”.
7 Novembro 2022, 15h29

O socialista Daniel Adrião defende que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, não tem condições para se manter no Governo. “Miguel Alves não tem condições para se manter no Governo. Das duas uma: ou já se devia ter demitido ou já devia ter sido demitido”, escreve, nas redes sociais, Daniel Adrião.

O dirigente socialista elogia a “coragem” da ex-ministra Alexandra Leitão por “dizer em voz alta o que muitos pensam, mas que não têm o destemor de afirmar em público”.

Alexandra Leitão, deputada do PS e presidente da comissão parlamentar para a Transparência, afirmou que considerou este caso “incompreensível”. Na TVI, a antiga ministra de António Costa disse ainda que o silêncio do ex-autarca era “inaceitável” e classificou como “infeliz” a entrevista em que Miguel Alves deu, pela primeira vez, explicações sobre este caso.

O PSD já anunciou que vai pedir a audição do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, e exige mais esclarecimentos sobre o contrato que celebrou quando era presidente da Câmara de Caminha.

Em causa está um contrato-promessa de arrendamento para fins não habitacionais, aprovado em 2020, que previa a construção de um centro de exposições transfronteiriço (CET) na Quinta do Corgo, em Vilarelho, mas o projecto foi inviabilizado pelos herdeiros dos terrenos, que recorreram aos tribunais por não concordarem com o valor de venda proposto.

De acordo com aquele contrato, quando o CET estivesse construído e a câmara outorgasse a licença de utilização, a autarquia comprometia-se a arrendar o espaço durante 25 anos. Findo aquele prazo, o município podia exercer o poder de preferência de aquisição.

O acordo previa que os 300 mil euros avançados pelo executivo municipal, então liderado por Miguel Alves, ficassem por conta das rendas do 25.º ano.

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