Nikolai Klimovich, de 61 anos, morreu na colónia prisional n.º3 na região nordeste de Vitebsk, precisou o Centro de Direitos Humanos Viasna no Telegram, sem especificar a causa da morte, mas revelando que o dissidente sofria de problemas cardíacos.
A ONG sublinhou que Klimovich foi encarcerado pelas autoridades numa altura em que estava em situação de invalidez devido a graves problemas cardíacos.
Segundo a organização Viasna, Nikolai Klimovich foi detido em dezembro passado na região de Pinsk, no sul do país, acusado de “insulto ao chefe de Estado” por ter publicado nas redes sociais um desenho satírico de Alexander Lukashenko.
Nikolai Klimovich chegou a ser libertado enquanto aguardava julgamento, depois de se ter sentido mal em prisão preventiva, mas no final de fevereiro foi condenado a um ano de prisão pela acusação em causa e obrigado a cumprir a pena.
“Estou destroçada por saber que o prisioneiro político Nikolai Klimovich morreu numa colónia penal”, reagiu no Twitter Svetlana Tikhanovskaya, uma figura da oposição que está exilada.
“Se a ajuda médica de emergência não chegar a outros presos políticos, outros morrerão”, alertou.
No poder desde 1994, Alexander Lukashenko foi reeleito em 2020 após uma eleição presidencial considerada fraudulenta que levou dezenas de milhares de pessoas a manifestarem-se contra durante semanas.
As detenções em massa, o exílio forçado e as duras penas de prisão para ativistas e jornalistas esmagaram o movimento de oposição ao presidente bielorusso.
Segundo uma lista publicada pelo Centro Viasna, existem actualmente cerca de 1.500 presos políticos no país. Esta lista incluía Nikolai Klimovich.
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