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Lightsource BP com projeto para central solar em Trás-os-Montes

Esta é a segunda central dos britânicos em Portugal que já contam com quase 400 MW em projetos.
17 Maio 2023, 11h58

A Lightsource BP já está a preparar um novo projeto solar em Portugal, mais especificamente em Trás-os-Montes. A companhia britânica tem um plano para instalar uma central solar no concelho de Mogadouro, distrito de Bragança.

O projeto da central solar fotovoltaica do Planalto tem um potência de 130 megawatts pico (MWp), tendo prevista a produção de 240 MWh/ano. A sua consulta pública termina esta quarta-feira.

A empresa prevê que a central demore 14 meses para ser construída, com o período de exploração a atingir os 35 anos. A sua área total será de 311 hectares.

O valor de investimento não é revelado, mas segundo os preços atuais praticados no mercado, esta central poderá implicar um investimento a rondar os 98 milhões de euros.

Este é o segundo projeto que a empresa britânica, o braço da petrolífera BP para as energias renováveis, está a implementar em Portugal, onde é liderada por Miguel Lobo. No final de setembro de 2022, a empresa anunciou que o projeto para a central solar de Paiva tinha recebido um parecer positivo ambiental e que iria avançar.

Esta central solar com 260 megawatts implica um investimento de 200 milhões de euros. Fica localizada em Vila Nova de Paiva, distrito de Viseu.

A empresa anunciou anteriormente que previa investir 900 milhões de euros em projetos solares em Portugal ao longo desta década.

De regresso à central do Planalto, a companhia destaca que a não concretização do projeto será “negativa” pois ” não se concretizará o potencial de produção de energia a partir de fontes de energia renováveis, que permitiria uma redução na emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE) e de poluentes atmosféricos. A não implementação de um projeto com uma capacidade de produção com a prevista no presente projeto terá certamente implicações concretas no cumprimento dos compromissos nacionais em matéria da redução da emissão de GEE, no quadro de participação da União Europeia nos acordos internacionais Pós-Quioto e também com as metas consideradas nas Diretivas Europeias relativas à promoção da utilização de fontes de energias renováveis”.

No seu estudo de impacte ambiental, a empresa prevê a “existência de impactes cumulativos, nomeadamente com outras infraestruturas elétricas existentes ou projetadas na envolvente da central. Destaca-se, para o efeito e na envolvente da CSF do Planalto, a existência de uma central solar em fase de exploração, uma central solar em fase de construção e uma central em fase de licenciamento, a oeste da área de estudo, de grande dimensão. No caso da fase de construção, apenas haverá lugar a impactes cumulativos caso as obras de construção dos respetivos projetos ocorram em simultâneo entre si ou relativamente a outras obras de construção, sendo a sua delimitação geográfica circunscrita, maioritariamente, a uma envolvente não superior a 1 km”.

“Os impactes cumulativos decorrentes dos projetos acima referidos resultam do aumento da extensão de áreas afetadas, de uma maior circulação de maquinaria, maior perturbação dos habitats e espécies faunísticas presentes, nas quais se destaca a avifauna. No caso da fauna, os principais impactes cumulativos a ter em conta são a mortalidade e efeito de exclusão. É ainda de referir os impactes cumulativos sobre a flora, biótopos e habitats decorrentes da presença de outras centrais fotovoltaicas e novas linhas elétricas no que diz respeito à desmatação e degradação do habitat envolvente. Estes são impactes de magnitude elevada e significativos”, pode-se ler no documento.

Entre as medidas de minimização propostas, inclui-se a implementação de um “Plano de Acompanhamento Ambiental (PAA) onde se inclui o planeamento da execução de todos os elementos das obras e a identificação e pormenorização das medidas de minimização a implementar na fase da execução das mesmas, e respetiva calendarização”, e o desenvolvimento e implementação do “Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPGRCD) do projeto, onde se encontra definido o destino final mais adequado para os diferentes tipos de resíduos suscetíveis de virem a ser produzidos durante a fase de construção da central fotovoltaica”.

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