Portugal registou um excedente externo de 996 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023, o que compara com um défice de 1.540 milhões de euros no período homólogo, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.
Em março de 2023, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 515 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 1.241 milhões de euros relativamente ao mesmo mês de 2022, indica o regulador nas estatísticas sobre a balança de pagamentos.
Neste período, a “balança de bens e serviços tornou-se excedentária, com um saldo de 164 milhões de euros. Este valor traduz um aumento de 1.006 milhões de euros em relação ao mês homólogo”. Por outro lado, registou-se um aumento do excedente da balança de serviços, de 688 milhões de euros, para 1.986 milhões de euros.
“As exportações e as importações de serviços aumentaram, respetivamente, 31,1% e 14% relativamente a março de 2022”, refere o Banco de Portugal, explicando que o “incremento das exportações reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo, cujas exportações cresceram, em termos homólogos, 36,1%. As exportações de viagens e turismo totalizaram 1.636 milhões de euros, o valor mais elevado da série para um mês de março”.
Por outro lado, o défice da balança de rendimento primário diminuiu 331 milhões de euros relativamente a março de 2022, para 307 milhões de euros, destacando-se sobretudo a diminuição dos dividendos pagos ao exterior. Já o excedente da balança de rendimento secundário reduziu-se em 197 milhões de euros, para 450 milhões de euros, refletindo a diminuição da atribuição de fundos europeus aos beneficiários finais.
O Banco de Portugal refere ainda que a balança de capital apresentou um excedente de 208 milhões de euros, o que traduz um aumento de 101 milhões de euros relativamente ao período homólogo, devido ao maior recebimento de ajudas ao investimento.
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