A era de dinheiro barato na zona euro parece ter acabado e para economias endividadas como a portuguesa esta mudança de paradigma preocupa: Portugal é dos países mais expostos às subidas dos juros, dada a proporção de créditos à habitação com taxa variável, rácio elevado de dívida pública e o facto de liderar uma lista de 35 países no que respeita à percentagem da dívida detida por bancos centrais. Os economistas ouvidos pelo Jornal Económico afastam a possibilidade de uma crise financeira por esta via, mas não menosprezam o efeito do serviço da dívida na economia, considerando que se mantém uma forma de austeridade.
Os avisos vêm de várias partes, com Bruxelas e o Banco Central Europeu (BCE) à cabeça: Portugal é dos países mais vulneráveis à subida dos juros, processo que está ainda longe de terminado e que deve ver taxas mais elevadas e durante mais tempo, face a uma inflação elevada persistente. Isto apesar dos elogios à melhoria das finanças públicas nacionais, que permitiram uma descida sustentada nos últimos anos não só do rácio da dívida (à exceção de 2020, ano da pandemia), mas também do custo da mesma.
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