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Vice-Governadora do BdP prevê crescimento da atividade económica em mais de 2%

“A atividade económica deverá crescer 2,7% em 2023, 2,4% em 2024 e 2,3% em 2025”, disse Clara Raposo.
22 Junho 2023, 16h35

A Vice-Governadora do Banco de Portugal Clara Raposo previu um crescimento da atividade económica de mais de 2% para Portugal nos próximos anos.

A conclusão foram apresentadas no relatório “Uma revolução silenciosa? Projeções, desafios e oportunidades em Portugal”.

“A atividade económica deverá crescer 2,7% em 2023, 2,4% em 2024 e 2,3% em 2025, um ritmo superior ao da área do euro”, apontou a representante do Banco de Portugal.

No mesmo documento, Clara Raposo defendeu que a inflação seria de “5,2% este ano; em 2024, 3,3% e 2,1% em 2025”. “A curto prazo, a descida da inflação assenta sobretudo nos preços da energia e dos bens alimentares”, referiu a Vice-Governadora.

“A inflação excluindo energéticos e alimentares levará mais tempo a diminuir devido aos efeitos desfasados dos aumentos de custos e às pressões internas associadas à recuperação das margens de lucro e ao crescimento dos salários”, destacou Clara Raposo.

Quanto ao PIB, Clara Raposo disse, que em 2025, “deverá situar-se 11% acima do nível de 2019, mantendo-se a tendência de aumento do peso das exportações e do investimento no PIB”.

“A rápida recuperação da crise pandémica e a resiliência da economia às repercussões da guerra na Ucrânia, à inflação elevada e à maior restritividade da política monetária é suportada pelo desempenho do mercado de trabalho, pelas medidas públicas de apoio e pelos fundos europeus”, sublinhou.

Relativamente a desafios, Clara Raposo estimou que “a proporção de hipotecas com rácio entre o serviço do empréstimo e o rendimento (LSTI) superior a 40% aumente para 19% em dezembro de 2023”.

Além disso, Clara Raposo apontou para o “aumento da proporção de empresas com rácio de cobertura de gastos de financiamento (RCGF) inferior a 2, em especial na construção e atividades imobiliárias, mas permanecendo abaixo do valor observado durante a crise das dívidas soberanas”.

 

 

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