O encontro propõe destacar as mudanças na paisagem marítima do comércio de peixe a nível global, mas também vai se debruçar sobre a gestão da pesca e questões de governança e promover um diálogo para que as autoridades tenham uma visão clara do valor do comércio de peixe e das barreiras e oportunidades existentes.
Quem acolhe é o Governo de Seychelles, mas o II Workshop sobre o Comércio Pesqueiro nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID) é iniciativa da Associação da Orla do Oceano Índico (IORA), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Esta oficina de debates almeja contribuir para a criação de um plano de acção relacionado com a componente dos PEID dos Oceanos Atlântico e Índico no Programa de Acção Global sobre Segurança Alimentar e Nutricional nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
Segundo o Governo, em despacho para as redacções, “o comércio de peixe é parte integrante da cultura das comunidades insulares, desempenhando um papel crucial na geração de receitas de exportação, contribuindo para o rendimento nacional dos meios de subsistência das comunidades locais, da segurança alimentar e nutricional, sendo que mais de 75% da produção mundial de peixe destina-se ao consumo humano”.
O ministro das Pescas e Agricultura das Seychelles, Hon Charles Bastienne, dá uma achega: “uma pesca resiliente e sustentável aumenta a segurança alimentar e nutricional, contribui para o crescimento económico e respeita o meio ambiente”.
Para que conste, os números da FAO indicam que o comércio de peixe desempenha um papel importante nas economias dos países africanos: Isso, quer em termos de exportações quanto a nível das importações. Segundo a FAO, o valor total da venda de produtos pesqueiros e da aquacultura em 2016 ultrapassou os 362 bilhões de dólares, sendo 232 bilhões provenientes da produção aquícola.
Mas o que é o PEID? Para já, é um grupo composto por países com os mesmos problemas de desenvolvimento sustentável, incluindo populações pequenas, recursos limitados, vulnerabilidade a catástrofes naturais, vulnerabilidade a choques externos e dependência excessiva do comércio internacional.
Muitos PEID são altamente dependentes dos seus recursos pesqueiros oceânicos e costeiros para o crescimento económico e desenvolvimento e as atenções estão centralizadas na pesca de captura marinha e no interior, na aquacultura, nos sistemas de subsistência e alimentares e no crescimento económico de serviços ecossistémicos.
Incluem ainda actividades da pesca do atum, da cultura do camarão, da cultura das ostras, da cultura das algas, da transformação e comercialização, das salinas, da aquacultura de arroz, dos manguezais, do turismo marinho e das zonas industriais, tudo suportado pelos portos, estradas e infraestruturas de fornecimento de energia.
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